Para Gomide, impeachment de Dilma é atalho da oposição para tentar voltar ao poder
O ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide – um dos poucos petistas que chamam Dilma por ‘presidente’ e não ‘presidenta’, como gosta a mandatária – disse ontem (08) em entrevista à Rádio 730 AM de Goiânia que a tentativa de impeachment atualmente em processo se resume em intriga da oposição, que não teria se conformado com o resultado das eleições de 2014.
“Desde o pedido de recontagem de voto, da questão do TSE, da questão do pedido de suspensão de diplomação dela, nós estamos vendo a oposição buscar encaixar algum fato para que ela possa ter legitimidade no impeachment”, disse Gomide que também responsabiliza a oposição pelas dificuldades econômicas que o Brasil terá em 2016.
O petista ainda aproveitou para ressaltar na entrevista que o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), acusado de manter conta milionária na Suíça, não têm legitimidade para comandar o processo de impedimento.
“Cunha não tem legitimidade para comandar um impeachment. A sociedade brasileira hoje enfrenta a vontade de um grupo que não se conformou com a derrota nas urnas. Quem perde com tudo isso é o povo brasileiro”, afirmou.
Eleição próxima
O PT vai trabalhar para reeleger o também petista João Gomes em Anápolis. Essa será a missão que o partido enfrentará na cidade em 2016, segundo Gomide.
“A aprovação do prefeito João Gomes é alta e prioridade nossa no ano que vem é reeleger o prefeito João Gomes”, contou Gomide, que também não descarta ser candidato a vereador.
Próxima eleição
Dando a entender que não acredita numa vitória da oposição em 2018, Gomide afirmou que a oposição, diferentemente do PT desde 2002, não tem um nome a altura de Dilma Rousseff.
“Nós não temos uma liderança na oposição que possa colocar o nome e a população [possa] dizer: olha esse aqui é muito melhor que a Dilma”, comparou.