Ainda é grave o estado da adolescente Isabela do Amaral Vieira, de 16 anos, que foi arremessada do brinquedo Surf, em um parque de diversões em Ceres, região Central de Goiás.

O acidente ocorreu na madrugada do último domingo (26) depois que o brinquedo teria começado a girar mais rápido que o normal e a trava de segurança se rompido.

Devido a gravidade dos ferimentos, a garota teve de ser encaminhada para o Hospital de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HUANA), onde passou por uma cirurgia para retirada de um rim, que foi esmagado com o impacto da queda.

Também se feriram no acidente as adolescentes Thalia Aparecida Pires, Mariane Oliveira Dias e Tatiele Carvalho Evangelista. Todas também têm apenas 16 anos e as duas primeiras continuam internadas no Hospital Ortopédico de Ceres. Já a terceira foi atendida em uma unidade particular e recebeu alta na manhã desta segunda-feira (27).

Responsável pelo caso, o delegado Matheus Costa Melo contou ao G1 que as vítimas deverão prestar depoimento assim que forem liberadas do hospital e que a investigação depende ainda do resultado da perícia.

“A princípio, o caso foi tratado como lesão corporal culposa. O brinquedo foi interditado e o parque está sendo desmontado. É fato que a barra de proteção se soltou. Mas precisamos aguardar o laudo da perícia, que já foi realizada, para saber a real causa do acidente”, explicou.

O dono do parque e o operador do brinquedo também já estiveram na delegacia da cidade para prestar depoimento e foram liberados.

Apesar de o local possuir Certificado de Conformidade do Corpo de Bombeiro Militar (Cercon), uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e laudos que mostram que os brinquedos estavam em condições de funcionar, o parque ficou interditado por alguns dias no ano passado após o Ministério Público de Goiás (MP-GO) perceber que havia irregularidades.

“Eu percebi que havia coisas erradas. A situação das instalações, dá para ver quando não tem estrutura para fazer uma coisa envolvendo criança. A gente ficam em dúvida. Tem brinquedo instalado em cima de toco, tora, pedaço de madeira. É perigoso. No ano passado nós conseguimos uma liminar da Justiça, mas o município e o parque fizeram adequações, mostraram ao juiz que liberou o espaço para funcionamento”, disse o promotor de Ceres, Marcos Rios.

A Prefeitura do município compartilhou nas redes sociais uma nota oficial, afirmando que “foram adotadas as devidas providências cabíveis para a liberação do alvará de localização e funcionamento do referido parque, sendo que todos os órgãos de fiscalização estavam cientes da documentação apresentada”.