Detalhes do caso de motorista suspeito de estuprar passageira em Goiânia
Ele foi capturado pela CPE de Anápolis. Versão dada pela vítima deverá dar novo rumo para investigação
O caso do motorista da Uber que foi preso no início da tarde da quarta-feira (31), suspeito de estuprar uma passageira em Goiânia, ganhou uma nova versão.
Isso porque a própria vítima concedeu uma entrevista ao O Popular, onde contou que aceitou sair com Landerson Viera da Silva, de 26 anos, como amiga, mas ele teria a obrigado a ter a relação sexual. Inicialmente, a informação divulgada pelos policiais era que a violência teria acontecido durante uma viagem no aplicativo.
Conforme a mulher, ela fez uma visita ao sogro na semana passada e, para ir embora, chamou um carro pelo aplicativo, onde o conheceu. Durante o percurso, começou a conversar com o motorista e contar para ele algumas dificuldades pessoais que estava enfrentando.
“Ele se mostrou muito legal, um cara gente boa. Eu, então, o adicionei no Facebook. Logo depois eu mesma pedi o número do WhatsApp dele. Não vejo problema nisso e não é certificado de querer algo além de uma amizade. Em nenhum momento eu disse que queria ter relação sexual ou algo do tipo. Eu queria conversar, apenas isso”, disse.
Ainda segundo a vítima, Landerson queria sair para beber e a buscou pouco antes das 00h. Ele então teria alegado que tinha de passar em casa e levou a mulher para uma residência abandonada que tinha apenas uma cama.
“Eu aceitei sair e ele disse que teria que passar na casa dele para tomar um banho. Fomos para essa casa no Jardim Petrópolis. A gente chegou ali e achei que fosse ser rápido, porque eu tinha que voltar para casa. Ele me ameaçou e disse que se eu contasse algo [sobre o estupro] para alguém, poderia fazer algo com meu filho, com a minha família, porque ele sabe onde eu moro”, afirmou.
O caso foi levado à polícia logo depois que amanheceu, quando o próprio Landerson teria deixado a mulher em casa e, desesperada, ela contou tudo à mãe.
O motorista foi preso por agentes da CPE de Anápolis, que estavam em uma diligência na cidade de Inhumas. Ele não resistiu a prisão, mas negou que tenha acontecido o estupro, pois ela teria sim consentido a relação entre eles. No endereço, também foi localizada uma peça íntima da vítima, que constata que ela realmente esteve lá.
Depois de ser ouvido na Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam) e mostrar as conversas que tinha com ela no celular, Landerson foi liberado da prisão e pôde voltar para casa.
O Portal 6 entrou em contato com a defesa dele para comentar o caso, que prometeu que em breve disponibilizará à imprensa a versão do cliente.
Devido a denúncia, ainda na tarde da quarta-feira (31) a Uber afirmou que o motorista foi banido do aplicativo e que repudia qualquer ato de violência e assédio contra mulheres.