O destino da promotora de Jaraguá que tentou matar o ex-marido com tiro na testa
Salvo pela polícia, vítima atualmente é titular da Controladoria Geral do Estado
A denúncia formulada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra a promotora Juliana de Almeida França foi, por unanimidade, julgada procedente pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).
Afastada do cargo pelo crime de corrupção passiva, pesou contra ela as acusações de valer-se da sua função para obter vantagem indevida – uma vez que teria encomendado a morte do ex-marido.
Juliana de Almeida França foi condenada a quatro anos de reclusão em regime aberto. A pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade e ao pagamento de R$ 10 mil. Com a decisão, a ré deverá ainda ter os direitos políticos suspensos por oito anos.
Consta nos autos que, por conta de uma disputa judicial pela guarda da filha com o ex-marido Murilo Nunes Magalhães, hoje titular da Controladoria-Geral do Estado (CGE), ela contatou para o crime Karllus Alberto Bernardo de Barros, que, em troca, seria beneficiado no trâmite de procedimentos criminais na comarca de Jaraguá.
O réu, conhecido pela a alcunha de ‘Carlúcio’, não aceitou a oferta e, com a mesma intenção, Juliana de Almeida França procurou Warley Juliano Alcântara para a empreitada oferecendo o pagamento de R$ 10 mil, com acréscimo de R$ 500 caso o assassinato ocorresse com um tiro na testa.
A trama criminosa, no entanto, foi descoberta a tempo pela polícia – o que impediu a morte de Murilo Nunes Magalhães.