Procon indica onde estão os produtos mais baratos da ceia natalina em Anápolis
Preço de um dos itens mais importantes e simbólicos dessa época do ano acendeu sinal de alerta no órgão, que ameça punir com rigos os estabelecimentos
Dentre todo os itens tradicionais da ceia natalina, o peru foi o que mais chamou atenção na recente pesquisa divulgada pelo Procon Municipal.
O órgão, inclusive, já fala em formação de cartel entre os estabelecimentos, uma vez que a variação de preço encontrada foi de apenas um centavo nos sete locais pesquisados – que são os principais da cidade.
“O problema é que estabelecimentos comerciais que vivem em condições completamente diferentes, como questões de aluguel, estacionamento, ponto, proporção do espaço que afeta o valor pago em água e luz, não é possível que eles tenham os mesmos gastos, o que é naturalmente embutido no valor do produto final”, esclareceu o secretário municipal de Defesa do Consumidor, Robson Torres.
O Procon Municipal promete agora voltar em cada supermercado e analisar os documentos fiscais de cada um deles afim de verificar os motivos destes alinhamentos.
“Caso não haja uma justificativa plausível, o fato pode resultar em multas por desrespeito às normas consumeristas”, adianta Robson.
De qualquer forma, o secretário sugere que o próprio consumidor dê uma resposta à ação desses estabelecimentos.
“Como este produto fica mais caro nesta época do ano, é possível substituí-lo por um pernil suíno ou peixe assado”, lembra.
Lista
Foi feito o levantamento de 33 itens costumeiramente consumidos pelo brasileiro nesta época de fim de ano (entre carnes, bebidas, frutas, grãos, panetones e chocolates).
Diferentemente do peru, os demais produtos da ceia natalina apresentam variação que podem chegar a até 178,36% no custo. Confira a lista na íntegra para ver onde estão os produtos mais baratos e fugir dos mais caros.
Consumo consciente
Conforme pontua o secretário Municipal de Defesa do Consumidor, o consumo consciente pode gerar não somente economia, mas também menos dor de cabeça na hora de ir às compras.
Veja as sete dicas que ele dá para quem ainda não saiu às compras:
1 – Planejar os gastos: é preciso ter noção das receitas, incluindo 13º, gratificações, bonificações, despesas, e se possível, despesas futuras, como os tributos de início de ano. Isso ajuda a ter noção do que pode ser gasto. Segundo estatísticas, no final do ano, os brasileiros costumam gastar entre 30% e 40% em comparação dos meses anteriores, prejudicando o orçamento dos meses futuros, e muitas passam a fazer parte dos super endividados.
2 – Planejar as compras: após o planejamento, os consumidores devem fazer uma lista do que pretendem adquirir e, antecipadamente, ir à pesquisa de preços, o que permite o consumidor fazer comparações e pechinchar. Quando se deixa as compras para última hora, ele fica refém dos preços mais altos.
3 – Evite comprar por impulso: o consumidor deve seguir a risca sua lista de para evitar problemas com o orçamento. As compras por impulso, geralmente, indicam aquisições desnecessárias. Durante a escolha de peças de roupas, por exemplo, devem poder ser coordenadas com aquelas que já têm o consumidor já possui, para que possa fazer parte de ‘looks’, do contrário, é quase certo que será descartada em um canto do armário.
4 – A ceia: organizar um bom jantar, não exige gastar muito. Antes de ir às compras, o consumidor deve fazer, como já falamos, uma lista com tudo que será preciso, inclusive, a quantidade necessária de cada item, e, para tanto, outra lista deve ser feita com presentes no evento. Tal preparação evita desperdício de comida e compras desnecessárias. Frutas nacionais e da estação são mais baratas e agradam a todos. Damascos, avelãs e nozes não costumam vir em embalagens padronizadas e, por isso, o preço varia bastante.
5 – Pechinchar não é vergonha: isso demonstra compromisso e fidelidade consigo mesmo. O brasileiro costuma pagar sem perguntar a possibilidade de obter descontos. Muitas lojas costumam dar 10% de desconto (ou até mais), quando é pago a vista. Se não for possível pagar tudo na hora, o consumidor deve prestar atenção nas condições de parcelamento.Por fim, registre todas as compras feitas e o número de parcelas que deverão ser debitadas a cada mês.
6 – Requisição de Nota Fiscal: para o exercício de direitos do consumidor como trocas ou substituições, descontos proporcionais, possível devolução da quantia paga e relativa ao produto ou serviço adquirido, e para eventuais substituições de peças ou consertos, tanto quanto para quaisquer tipos de denúncias ou ações judiciais correspondentes.
7 – Deixar as crianças em casa e desconfiar das promoções: a primeira técnica evita compras desnecessárias e por impulso. Já a segunda evita problemas relativos a golpes e fraudes. Ambas trazem prejuízos financeiros aos consumidores.