O adeus ao jornalista Ricardo Boechat
Dono de estilo inconfundível, comunicador era um dos mais admirados e premiados do país
O corpo do jornalista Ricardo Boechat está sendo velado, em cerimônia aberta ao público, no Museu da Imagem e do Som (MIS), no bairro Jardim Europa, em São Paulo (SP).
O jornalista do Grupo Bandeirantes morreu na queda de um helicóptero na Rodovia Anhanguera, quando retornava de uma palestra em Campinas. O velório segue até as 14h desta terça-feira (12). A Band não divulgou o local do sepultamento, que será em cerimônia reservada para a família.
O acidente ocorreu no início da tarde desta segunda-feira (11). O piloto da aeronave, Ronaldo Quatrucci, também morreu.
Políticos, magistrados e organizações vieram a público para lamentar a morte do jornalista.
A pedido do presidente Jair Bolsonaro, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, irá representá-lo no velório. Bolsonaro disse que ele e Boechat eram amigos “há mais de 30 anos” e que ele apelidou o jornalista de “Jacaré”.
Boechat tinha 66 anos e nasceu em Buenos Aires, na Argentina, quando o pai Dalton Boechat, diplomata, estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores. Dono de um humor ácido, usava essa característica para noticiar fatos e criticar situações. O tom era frequente nos comentários de rádio, televisão e também na imprensa escrita.
Nos anos 1970, o comunicador começou no jornalismo como assistente do colunista Ibrahim Sued no Diário de Notícias. De lá, seguiu com Sued para O Globo em que trabalhou por 14 anos. Também foi chefe de reportagem da Rádio Nacional, em 1973.