Por que o quarto colégio militar de Anápolis ainda não saiu do papel
Para um funcionamento eficaz, cada unidade necessita da presença diária de 14 a 20 policiais
Os moradores da região Leste de Anápolis que aguardam ansiosamente pela implantação de mais um colégio militar na cidade, terão de esperar por mais um tempo.
A militarização do Colégio Estadual Senador Onofre Quinan foi aprovada em votação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) em maio do ano passado, mas há um obstáculo que impede a continuidade do projeto: a falta de efetivo na Polícia Militar.
Sub-comandante de ensino dos Colégios Estaduais da Polícia Militar de Goiás (CEPMG), a tenente-coronel Núria Guedes da Paixão Castilho contou ao Portal 6 que, no momento, não há como resolver essa questão pois a finalidade da Polícia Militar é cuidar da segurança pública.
“Nós não temos efetivo para assumir novos colégios e nem condições materiais. A unidade de Anápolis é um exemplo disso. [Para militarizar outra unidade] teríamos que deslocar efetivo de um lugar para outro. Nossa administração já é enxuta, então teria que tirar da rua e fica difícil. A finalidade da Polícia Militar é o policiamento ostensivo e se tirar da rua e colocar nos colégios, complica para a segurança publica”, explicou.
De acordo com a sub-comandante, para que cada unidade escolar militarizada funcione dentro da ordem e disciplina esperada, é necessária a presença diária de 14 a 20 policiais, dependendo do número de alunos.
Por isso, ainda não há previsão de quando novos colégios militares, incluindo o de Anápolis, serão inaugurados em Goiás.
“Tem escolas que têm dois e três turnos e quanto mais estudantes, maior será a necessidade policial. Estamos esperando passar essa fase de transição e as reformas do governo para resolver a situação”.