Por que a população de Jaraguá está revoltada após julgamento de crime bárbaro
Na época, jovem confessou crime com riqueza de detalhes, mas se recusou a dizer a motivação
Juri popular concluído nesta segunda-feira (17), no fórum de Jaraguá, a 83 Km de Anápolis, condenou Valdison Freitas Moura Neto, de 22 anos. No entanto, a pena de dez anos e cinco meses, em regime fechado, atribuída a ele deixou milhares de pessoas indignada na cidade e gerou clima de revolta nas redes sociais.
Valdison confessou ter matado, em janeiro de 2017, a estudante Amanda Oliveira Marques, de 20 anos. Primeiro homicídio da cidade naquele ano, o crime teve requintes de crueldade.
A vítima foi encontrada morta no meio da rua, sem roupas e com o rosto desfigurado por pedradas.
A forte comoção e medo gerado na pequena cidade de 50 mil habitantes levou a Polícia Civil a montar uma força tarefa para descobrir e localizar quem havia assassinado a jovem.
Em menos de um mês Valdison foi encontrado. Ao ser preso, ele confessou o crime com riqueza de detalhes para o delegado Glênio Ricardo, mas se recusou a dizer a motivação.
Julgamento
Os autos para o julgamento de Valdison ficaram prontos na última sexta-feira (14) e prontamente o juri popular foi marcado.
Apresentando um laudo psiquiátrico, a defesa alegou que o rapaz tem problemas mentais, o que atenuou a dosimetria da pena.
Valdison foi condenado a dez anos e cinco meses de prisão pelo homicídio, mas terminou absolvido contra a acusação de estupro. A promotora Priscila Leão chegou a apresentar fotos comprovando a violência sexual sofrida pela vítima, mas foi em vão.
O homicida retornou do Fórum de Jaraguá diretamente para o presídio, mas como já ficou dois anos recolhido, a possibilidade dele voltar às ruas muito em breve é alta.
A reportagem do Portal 6 não conseguiu contatar a promotora para saber se o Ministério Público recorrerá da sentença.