Moradores de Anápolis estão trocando casas grandes por imóveis menores
Com a mudança do perfil familiar e do comportamento das novas gerações, cidade segue a tendência de grandes centros
Mais serviços, mais tecnologia, mais segurança e economia. Esses são quesitos que dão destaque aos residenciais compactos. A modalidade que deve estar no topo dos rankings de vendas nos próximos 20 anos.
As constatações foram feitas em um estudo realizado pela consultoria Deloitte, em parceria à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), sobre as perspectivas e tendências do consumidor imobiliário para 2040, publicado pela Revista Exame recentemente.
Essa tendência, já forte nas capitais, chega também às médias cidades conquistando a população com a oferta de moradias menores, porém planejadas, para atender às novas necessidades da família e dos profissionais contemporâneos, que buscam otimizar tempo e reduzir custos ao mesmo tempo em que ganha em qualidade de vida. Essa proposta já é uma realidade em Anápolis e tem agregado a oferta de serviços e agradado consumidores.
A cidade recebeu o lançamento do primeiro complexo de uso misto que contará com uma torre residencial focada em serviços tecnológicos, bem na região Central, área em que não existia disponibilidade de nenhum apartamento com um quarto.
E a novidade está sendo proposta pelo Gran Life Medical Complex que contará também com hospital de alta complexidade, com consultoria do Sírio-Libanês de São Paulo; um centro clínico e um shopping em uma área de cerca de 50 mil metros construídos. Serão 156 apartamentos de um e dois dormitórios variando de 49 a 77 m².
De acordo com o empresário Cleberson Marques, um dos sócios do complexo, o projeto foi idealizado para atender à nova configuração das famílias, que estão cada vez mais dinâmicas e com menos filhos; investindo cada vez mais na qualidade de vida e praticidade para ganho de tempo.
“Mais do que entregar uma construção, as incorporadoras estão cada vez mais comprometidas em entregar soluções para o dia a dia dos usuários. O maior valor dos dias atuais é o tempo. Então, as pessoas buscam, cada vez mais, otimiza-lo”, observa Cleberson, ao enfatizar que a conectividade e compartilhamento são pilares do Gran Life Medical Complex.
Um das pessoas que ilustra essa nova realidade e foi conquistada pela proposta de moradia com serviços do Gran Life é o empresário Dirceu Garibaldi. Ele mora em uma casa com cinco quarto em um condomínio horizontal em Anápolis e trocou a moradia para ir residir com a esposa em um dos apartamentos do complexo. Ele adquiriu uma unidade e agora aguarda a entrega prevista para 2023. A decisão, segundo ele, veio por dois motivos. Primeiro a mudança na configuração da família, pois os filhos já saíram de casa; e segundo por uma nova ideologia de vida, mais dinâmica.
“Conhecemos este estilo de vida mais prático durante viagens que fizeram a diversos locais do mundo e nos tornamos adeptos. Essa deve ser a nossa última moradia, pois não precisamos mais de tanto espaço. Quando vierem os nossos, brincarão na área de lazer do empreendimento que é suficiente”, comenta.
Tendência no Brasil
A tendência é que o índice de vendas de apartamentos com um e dois quartos, que já é um dos mais vendidos nos grande centros, cresça em todo o país, acompanhando a tendência de ascensão dos últimos anos. De acordo com o índice FipeZap, desde 2012 a venda de imóveis de um dormitório cresceu mais de 35%, enquanto o de locação, desde 2014, aumentou em 33%.
Já em Goiânia, conforme outra pesquisa da Brain realizada para a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), de agosto de 2018 a agosto de 2019 o volume de lançamentos de apartamentos com dois dormitórios representou 66,6% do total de unidades lançadas no período, ultrapassando até o índice das unidades com três dormitórios, que ficou na faixa de 30%. A evolução das vendas na capital acompanha a oferta de lançamentos, no mesmo período a tipologia também foi a que mais registrou venda com 55,1%.
Pesquisa feita pela Brain em Anápolis para a ABL Prime referente a março de 2018, revelou que existe um grande número de domicílios ocupados por dois moradores na cidade de Anápolis (24,1%) e um percentual de 12,5% de domicílios ocupados somente por um morador. Na região Central esse índice cresce para 20,9% do total, o que confirma a demanda por imóveis para atender essa parcela da população.