Atravessador da saúde em Anápolis, enfim, é preso por matar padrasto envenenado
Ministério Público alegou que Edmilson cometeu o crime para receber um seguro de R$ 500 mil
Edmilson Neves de Souza, de 36 anos, notório atravessador da saúde em Anápolis, está detido na Central de Flagrantes e em breve deverá ser recambiado ao presídio de Porangatu.
A prisão dele ocorreu na noite desta segunda-feira (11) após a Polícia Militar (PM) de Porangatu avisar a corporação em Anápolis de que havia um mandado de prisão em aberto contra Edmilson.
Uma equipe da Força Tática do 28º BPM foi deslocada para um possível endereço onde o condenado moraria e o encontrou na rua. Quando viu a viatura, Edmilson demonstrou nervosismo, mas não resistiu à prisão.
O mandado foi executado na Central de Flagrantes da Polícia Civil, no Centro, pelo delegado Cleiton Lobo.
O crime
Edmilson foi condenado em novembro de 2018 pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) a cumprir 14 anos e 13 dias em regime fechado pelo homicídio qualificado de Manoel Luiz Pereira Gualberto, de 53 anos.
A vítima era padrasto de Edmilson e foi morto envenenado em 2006. Na peça de acusação, o Ministério Público (MP) alegou que Edmilson cometeu o crime para receber um seguro de R$ 500 mil.
O mandado de prisão, no entanto, só foi decretado pela Comarca de Porangatu no último dia 05 deste mês, dois dias antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) mudar o entendimento que previa prisão para condenados em segunda instância.
No entanto, ainda que a defesa de Edmilson recorra à esse expediente para tentar libertá-lo, um juiz de primeira instância, com base na periculosidade do réu, pode decretar a prisão provisória.
Fraude no SUS
Acusado de intermediar o pagamento de R$ 10 mil para um médico da Regulação da Prefeitura de Anápolis, a pedido do vereador Valmir Martins (PTB), de Porangatu.
Outra reportagem publicada pelo Portal 6, em dezembro de 2018, mostrou áudios em que o atravessador conta como foi procurado pelo vereador e ameaça entregar a cabeça de mais ‘políticos graduados’ que também estariam envolvidos no esquema.