O avanço da disseminação do novo coronavírus em cidades como Goiânia e Aparecida acendeu o sinal amarelo no comitê de gerenciamento da crise da pandemia na Prefeitura de Anápolis.

Nas últimas 24h, os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) que atuam na coordenação das estratégias locais de combate a Covid-19 foram convocados no gabinete do prefeito Roberto Naves (PP).

Os profissionais estão debruçados sobre planilhas e fazendo projeções que devem nortear a decisão do chefe do Executivo Municipal.

Consensualmente é avaliado entre eles que Anápolis, até mesmo por ter estruturado melhor o sistema públlico de saúde, teria condições de enfrentar o aumento de casos sem fechar a cidade.

Implementada por decreto em abril, a matriz de risco manteve a cidade “aberta” porque a taxa de ocupação dos leitos de UTI’s exclusivos do município nunca atingiu os 25%.

Já em falta no mercado, o estoque de medicamentos existente hoje na Semusa ainda durariam por pelo menos 30 dias, tempo considerado razoável para buscar novos insumos.

Só que Roberto não estaria disposto a ‘pagar para ver’. Além dos efeitos políticos imprevisíveis que um possível colapso do sistema de saúde pudesse causar, ele tem reservado a interlocutores próximos que não quer jogar o diploma de farmacêutico no lixo.

A chamada “barreira sanitária”, em que ninguém entra e ninguém sai da cidade, sofre resistências por ser vista como pouco eficaz uma vez que rodovias importantes passam por Anápolis.

O prefeito tem garantido aos auxiliares que não decidirá nada de maneira açodada, mas sustenta que a cidade não é uma ilha e que alguma medida precisa ser tomada logo.