Foram encaminhados ao Centro de Inserção Social Monsenhor Luiz Ilc, a cadeia pública de Anápolis, no final da manhã desta quinta-feira (09), o músico, de 25 anos, e o dentista, de 27 anos, detidos por armazenarem e consumirem pornográfica infantil.

A reportagem do Portal 6 esteve na Delegacia Regional da Polícia Civil, onde os dois foram ouvidos, e apurou que as fianças foram arbitradas em 30 e 35 salários mínimos, respectivamente, mas os suspeitos não conseguiram pagar.

Devido à Lei de Abuso de Autoridade, a imprensa local não pôde acompanhar de perto a remoção da dupla, mas flagrou, a distância, o momento em que ambos foram colocados na viatura.

Participaram do cumprimento dos mandados de prisões os delegados Sabrina Leles, da Delegacia de Crimes Cibernéticos, e Cleiton Lobo, do Grupo de Repressão a Narcóticos (Genarc).

O caso foi descoberto por uma denúncia anônima e já estava sendo investigado há quase dois meses.

“Um dos conduzidos contou que as imagens chegou através de sites, principalmente de redes sociais. Ele conseguia link a nível internacional. O outro ficou em silêncio. Essas imagens vêm de diversos locais, mas, ao que tudo indica, houve compartilhamento de um para o outro”, detalhou Cleiton Lobo.

“Acessando um dos celulares apreendidos, encontramos o armazenamento de imagens e vídeos, incluindo de crianças em situação de pornografia e crianças sendo vitimas de estupro”, acrescentou o delegado.

Segundo Sabrina Leles, as investigações continuam em andamento para determinar se o músico e o dentista, que são um casal, cometeram outros crimes.

O segundo, inclusive, chegou até a dizer por mensagem que estaria disposto a dopar um bebê no consultório para que o companheiro o violentasse e que ficava excitado quando atendia crianças.

A expectativa da Polícia Civil é também identificar e prender outras pessoas que faziam parte da rede de troca de imagens e vídeos infantis.

A seguir, a íntegra da entrevista coletiva com os delegados Sabrina Leles e Cleiton Lobo: