PC prende o pai de bebê levada quase morta e com mais de 30 lesões para UPA Pediátrica de Anápolis
Medida foi tomada após relatos importantes de testemunhas. Garotinha continua internada em Goiânia
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Anápolis (DPCA) cumpriu na manhã desta quinta-feira (20) um mandado de prisão preventiva contra o pai da bebê de seis meses que há 10 dias foi transferida para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia.
A ação foi comandada pela delegada Kenia Segantini e o homem, que tem 27 anos, está sendo investigado como possível autor das mais de 30 lesões que a garotinha apresentava quando deu entrada na UPA Pediátrica, no último dia 10 de maio.
De acordo com a corporação, que divulgou nota sobre o caso à imprensa, a prisão foi solicitada para “garantir a ordem pública e assegurar a instrução criminal”. Isso porque testemunhas afirmaram que o pai é “impulsivo e explosivo em seu âmbito doméstico, cuja liberdade lhes geram temor.”
Após vários dias em estado grave e respirando com a ajuda de aparelhos, o HUGOL emitiu novo boletim médico nesta manhã informando que a bebê tem agora um quadro clínico regular e já consegue respirar sozinha. Apesar da melhora, ela permanece na UTI.
Relembre o caso
No dia 10 de maio, o Corpo de Bombeiros recebeu um pedido de socorro dos pais da bebê, afirmando que ela estava no colo e repentinamente ‘amoleceu’ o corpinho.
Os socorristas levaram a criança para receber uma avaliação médica e ela já deu entrada na UPA Pediátrica de Anápolis com quadro de convulsões. Os médicos também perceberam que ela tinha mais de 30 lesões, que poderiam indicar maus-tratos.
Com o quadro só se agravando, a paciente precisou ser intubada e transferida para a capital com apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
A Polícia Militar e o Conselho Tutelar foram acionados e levaram o pai da recém-nascida até a Central de Flagrantes. Na ocasião, ele alegou não saber o que provocou tantas lesões na bebê.
Posteriormente, ao ser ouvido pela DPCA, o genitor alegou que poderia ter machucado a menina “sem intenção”.
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