Padre de Anápolis que virou exemplo de evolução e tolerância perde a vida para Covid-19
De proibir a venda de camisinhas e remover bancos de praça para evitar namoros a fazer tatuagem com nome de Jesus. Diocese lamentou a partida
A Diocese de Anápolis confirmou neste sábado (29) a morte do padre Joel Alves de Oliveira. Ele tinha 62 anos e faleceu em decorrência das complicações da Covid-19.
“Grande devoto de Nossa Senhora, padre Joel atualmente fazia parte da Capelania São Camilo de Lellis, sua missão era junto aos enfermos, sobretudo, aos hospitalizados”, destacou a instituição.
“E neste dia consagrado à Maria, o entregamos aos braços do Pai”, completou a Diocese de Anápolis em nota de pesar publicada nas redes sociais.
Exemplo de evolução e tolerância na Igreja Católica
Na década de 1990, padre Joel ganhou projeção nacional por proibir o uso de camisinhas em Pirenópolis e remover os bancos da praça Central da cidade para evitar namoros.
Já na metade desta década se ressignificou, deixando de lado as posições conservadoras e controvertidas e até fez uma tatuagem no braço com o nome de Jesus.
“Sempre gostei também de rock, lutas de defesa pessoal, como o caratê, e de pescar, mas hoje até jogos de bola são poucos entre os padres”, disse ao jornal O Popular em reportagem de 2007 que comentava esta mudança.