Promotor de Anápolis toma iniciativa para proteger crianças que pedem ajuda em semáforos de Anápolis
Menores são indígenas vindos da Venezuela e a maior parte do grupo não sabe sequer falar português
O promotor de Justiça Bruno Henrique da Silva Ferreira, da 17ª Promotoria de Anápolis, promoveu uma reunião com entidades locais para falar sobre a necessidade de proteger as crianças e adolescentes indígenas venezuelanas que estão vivendo no município.
O encontro, que aconteceu na quarta-feira (07), no Centro de Convivência do Idoso, serviu para esclarecer a preocupação que existe em relação à rede de proteção em assegurar os direitos desses menores, bem como obter mais conhecimento sobre a cultura deles.
Ao todo, há em Anápolis um grupo de aproximadamente 20 pessoas da etnia Warao, que possuem um idioma único e não tem semelhança com o espanhol. A maioria também não fala português.
E um dos maiores riscos que essas crianças e adolescentes enfrentam é o de sair todos os dias pela cidade para pedir ajuda nos sinaleiros.
Outros dois encontros para tratar sobre o assunto já haviam sido realizados virtualmente com o entendimento do Ministério Público de Goiás (MP-GO) de que a solução não ocorrerá por meio de atuação isolada, mas “da soma de esforços de todos os envolvidos na proteção da infância e juventude”.
Conforme o promotor Bruno Henrique, a iniciativa de acompanhar esse grupo surge da necessidade de manter os menores perto da família e fora de situações de risco, principalmente relacionadas aos pedidos de ajuda nas ruas.
Participaram da reunião representantes dos Conselhos Tutelares; Secretaria Municipal de Integração Social, Esporte e Cultura; Diretoria da Proteção Social Especial; Diretoria da Proteção Social Básica; Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas); Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes; Juizado da Infância e Juventude; Pastoral do Migrante e venezuelanos da etnia Warao.