Como Goiânia, Aparecida e Anápolis vão aplicar doses de reforço após nova polêmica
Anvisa não foi consultada sobre decisão do Ministério da Saúde, que orientou municípios a misturar vacinas
Governo Federal abre nova polêmica para aplicação de vacinas no país. Nesta última quarta-feira (24), técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendaram ao Ministério da Saúde esquema muito diferente em relação a dose de reforço para combate à Covid-19 daquele anunciado pelo ministro da saúde, Marcelo Queiroga, no último dia 16.
Na ocasião, as informações do ministério foram de que os indivíduos com o ciclo vacinal completo recebessem a dose de reforço com produto de outra marca – sendo a da Pfizer dada como preferencial.
Especulações de bastidores já sinalizavam que técnicos da agência não haviam sido consultados sobre a tomada de decisão.
Menos de 10 dias depois, oficialmente, a Anvisa recomenda ao Ministério da Saúde outra metodologia para a aplicação da dose sobressalente: a dose de reforço seja feita com a mesma marca. A exceção diz respeito apenas à Coronavac.
Neste caso, a dose adicional deve ser da Pfizer. O que não houve racha, pelo menos até agora, foi quanto ao período da nova aplicação e faixa etária: acima de 18 anos que tenham tomada a última dose após cinco meses.
Sendo assim, a reportagem do Portal 6 entrou em contato com as maiores cidades do estado para saber como segue o ciclo de vacinação para a dose de reforço.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Goiânia, o executivo da capital vai seguir recomendação da Comissão Intergestores Bipartide (CIB). ‘Goiânia seguirá acompanhando decisão da CIB que acompanha o Ministério. Mas, por enquanto, não houve nenhum posicionamento da CIB sobre o assunto’, diz a nota.
O município de Aparecida de Goiânia também seguirá com as normas atuais.
Já a Prefeitura de Anápolis informou que segue a rotina de aplicação da dose de reforço, podendo mudar se houver algum tipo de recomendação da Secretaria Estadual de Saúde. ‘A Secretaria Municipal de Saúde informa que aguarda orientação do governo estadual quanto à regulamentação de novas medidas’.