Explosões em aeroporto na Colômbia matam policiais; Duque cita terrorismo
Autoridades oficiais afirmaram que criminosos invadiram o aeroporto e, minutos depois, um dispositivo foi detonado
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Ao menos três pessoas morreram em duas explosões registradas perto do aeroporto internacional Camilo Daza em Cúcuta, na Colômbia, na manhã de hoje. Duas das vítimas são policiais e, a terceira, seria um dos autores do crime. O presidente colombiano, Iván Duque, classificou a ação como “atentado terrorista”.
“Repudiamos o covarde atentado terrorista ocorrido na cidade de Cúcuta”, escreveu Duque, no Twitter. O presidente ainda disse que “ações imediatas” são realizadas pelo Ministério da Defesa, Exército e a polícia colombiana para “localizar os responsáveis por este ataque.”
O ministro da Defesa, Diego Molano, confirmou a morte dos dois policiais nas redes sociais. “Condolências às famílias dos dois heróis da Polícia da Colômbia que perderam a vida em um atentado terrorista em Cúcuta. Repudiamos esse ato insano”, escreveu.
Autoridades oficiais afirmaram que criminosos invadiram o aeroporto e, minutos depois, um dispositivo foi detonado. Nessa explosão, um dos autores do atentado morreu, segundo informações da CNN.
A segunda bomba explodiu enquanto policiais investigavam uma mala encontrada no local. Os dois morreram.
O aeroporto, localizado a 500 km da capital Bogotá, teve as atividades suspensas pela agência de aviação civil colombiana para investigações. Imagens divulgadas em redes sociais mostram casas e imóveis próximos ao local com janelas quebradas pelo impacto das explosões.
O ministro colombiano da Defesa sugeriu que a ação pode ter sido planejada na Venezuela, país que faz fronteira com a cidade de Cúcuta. Segundo ele, grupos rebeldes colombianos operam no país vizinho.
“Rejeitamos e condenamos este ato terrorista que tem, como sempre, propósitos de desestabilização”, ressaltou o ministro Diego Molano.
Nesse sentido, ele lembrou que, em Cúcuta e seus arredores, operam o Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidências das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a extinta guerrilha que assinou um acordo de paz em 2016. Essas organizações “muitas vezes planejam, financiam e desenvolvem seus ataques em território venezuelano e depois buscam cometê-los em território colombiano, infelizmente”, declarou o ministro, em entrevista à emissora de rádio Caracol.