Acordão está sendo costurado na Câmara de Anápolis após escândalo dos funcionários fantasmas
Como prometido, a seção Rápidas traz os detalhes das ideias colocadas em análise pelos vereadores
As diligências do Ministério Público na Câmara Municipal de Anápolis por conta de denúncias sobre funcionários fantasmas elevaram o stress interno a um grau ainda não visto naquele Poder.
Parlamentares veteranos e novatos temem que a qualquer momento o órgão possa deflagrar uma operação que culmine com a apreensão de documentos e até mesmo em prisão.
Por isso, alguns deles defendem que o melhor seria a Câmara Municipal se antecipar e promover uma espécie de “faxina ética” na Casa.
Vale lembrar que no episódio da “Farra das Gratificações” a Mesa Diretora da época pagou para ver e acabou sofrendo com a intervenção do TCMGO e da Justiça comum.
A nomeação de servidores comissionados ficou suspensa em plena época de campanha e isso, na avaliação de derrotados na eleição, foi decisivo no resultado.
Agora, para que limitações desta natureza não ocorram, um acordão está sendo construído internamente. A seção Rápidas traz os detalhes a seguir.
Demissões
Um dos alinhamentos é mandar embora quem de fato não trabalha, mas está na folha de pagamentos independente dos rolos que cada vereador tenha com essas pessoas.
Mudança no ponto
Trocar o sistema de ponto para o biométrico ou facial é outra providência ventilada. Atualmente, o controle da frequência dos servidores é feito por cartão.
Redução de carga horária
Até aí, tudo bem. Só que uma proposta, se colocada em prática, causará polêmica.
Para conseguir fazer com que ninguém deixe de bater ponto, a Câmara Municipal reduziria a carga horária presencial de todos os servidores comissionados para apenas 05h sem qualquer redução de salários.
Há quem alerte que essa medida causaria revolta na população.
Fogo amigo
Outra “proposta” levantada foi para que os vereadores parem de protocolar denúncias anônimas contra outros gabinetes.
Na última diligência do MP, uma chefe de gabinete chegou a ir para o corredor com a intenção de filmar a presença da servidora do órgão.
Notada, ela foi monarquicamente repreendida pela oficial e teve de voltar para a sala dela sem a gravação.
Nota 10
Para a promotora Ariete Cristina Rodrigues Vale, de Catalão. Ela entrou na Justiça para que os ônibus do transporte coletivo voltem a circular no município após a Transduarte abandonar o serviço na semana passada.
Nota Zero
Para o prefeito Adib Elias, que ainda não interviu na empresa que há 40 anos controla o setor na cidade.