Natural de Niquelândia e estudante de medicina na Ucrânia, Rony de Moura, de 34 anos, passou por momentos difíceis até conseguir regressar ao Brasil.

Fugindo da guerra que tomou conta do país, ele estava entre os 68 repatriados que deixaram Varsóvia, na Polônia, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Rony estudou por três anos na Rússia antes de se estabelecer em território ucraniano, em 2018, e faltando apenas uma avaliação para se tornar médico, o conflito entre os dois países emergiu.

“Eu estava bastante cético sobre a possibilidade de uma guerra. Porém, no dia que começou, olhei no meu celular e vi aquelas notícias”, disse Rony, em entrevista ao Portal 6.

“Fui para o meu trabalho, em um percurso de uma hora e dez minutos e demorei três horas. Já havia pessoas nas ruas, nos supermercados para comprar suplementos, farmácias, bem diferente do habitual”, continuou.

Ao final do dia, Rony começou a pesquisar meios para sair do país, porém, precisou esperar cerca de uma semana por conta da lotação nos terminais e estações ferroviárias.

Já em contato com a embaixada brasileira, juntamente com mais três compatriotas, o goiano foi levado até a cidade de Lviv, onde ficaram por mais quatro dias.

Finalmente, após longas viagens, ele conseguiu cruzar a fronteira com a Polônia, onde aguardou o resgate realizado pela FAB.

“O voo foi bastante cansativo. Foi um alivio muito grande chegar ao Brasil, obviamente ainda tem um temor pelo pessoal que eu conhecia lá”, concluiu.

Agora, após toda essa jornada, Rony busca meios para reestabelecer a vida na cidade goiana e, enfim, concluir o curso para realizar o sonho de ser médico.