YouTube veta transmissão de sessões da Câmara de Goiânia em canal alternativo
Legislativo usou outra conta para publicizar atividades parlamentares, mas recebeu reprimenda da plataforma, que exige suspensão integral de uma semana
A sessão da Câmara Municipal de Goiânia desta quarta-feira (27) ficará sem transmissão depois que o YouTube suspendeu o canal do Legislativo por sete dias.
A Casa vinha transmitindo os eventos de plenário e colegiados pelo canal da Escola do Legislativo. Porém, o escritório da plataforma no Brasil vetou quaisquer transmissões ou postagens enquanto a suspensão estiver imposta. A punição vai até a próxima segunda-feira (2).
Para esta quarta-feira, estão previstas sessões ordinárias no plenário, a partir das 9h, e na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), que começou às 8h.
Em comunicado enviado à Câmara nesta terça-feira (26), o YouTube afirma que “se reserva o direito de restringir a criação de conteúdo de acordo com os próprios critérios”, e que “caso sua conta tenha sido desativada ou restringida de usar recursos da plataforma, você não poderá usar outro canal para contornar essas penalidades”.
A rede social alerta ainda que “essa regra se aplicará a todo o período em que a restrição estiver ativa” e que “considera a violação dela um descumprimento dos nossos Termos de Serviço, o que pode levar ao encerramento da sua conta”.
Desinformação sobre vacina causou punição
A punição, conforme o YouTube, se deve a dois vídeos publicados pela Câmara que divulgam desinformação a respeito da vacina contra a Covid-19. A primeira notificação refere-se a um vídeo de 17 de setembro, quando foi realizada uma audiência pública pela vereadora Gabriela Rodart (DC) sobre a exigência de passaporte sanitário.
A suspensão ocorreu depois da segunda advertência, no último domingo (24). O que levou ao estopim foi a sessão plenária do dia 31 de agosto de 2021. A plataforma não mencionou quem promoveu desinformação, mas houve vários discursos contra a vacina.
Em nota, a Diretoria de Comunicação da Câmara de Goiânia informou que atua para garantir a transmissão regular de suas atividades parlamentares, conciliando as regras estabelecidas pelas plataformas e o exercício dos mandatos.
Ainda segundo a Casa, o “YouTube apresenta os conteúdos considerados inapropriados de forma genérica, classificados como “informações médicas inverídicas”.