Esqueleto achado em barril nos EUA pode desvendar crime de 50 anos atrás
Objeto foi identificado por barqueiros locais enquanto estava preso no meio da lama próximo à rampa para embarcações
SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – As autoridades do estado de Nevada, nos Estados Unidos, apreenderam no domingo (1) um barril metálico contendo um corpo humano dentro de um lago quase extinto pela seca. Os investigadores acreditam que os restos mortais sejam de uma vítima assassinada há quase 50 anos.
De acordo com a emissora norte americana KLAS-TV, depois que o corpo foi retirado do local, os especialistas o analisaram e presumem que seja de um homem que foi baleado e que usava roupas e sapatos da década de 1970.
O tenente Ray Spencer, da Polícia Metropolitana de Homicídios, confirmou que as roupas eram de um estilo vendido na época pela Kmart, famosa rede varejista nos EUA e Austrália.
O cadáver foi lançado às profundezas do lago Mead, famoso reservatório que se estende entre os estados de Nevada e Colorado, no sudeste do país, que agora enfrenta uma seca severa, reduzindo os níveis de água. Em virtude desse fenômeno, o barril enferrujado acabou sendo revelado. O objeto foi identificado por barqueiros locais enquanto estava preso no meio da lama próximo à rampa para embarcações.
Os velejadores esticaram suas cabeças para espiar o que havia dentro do barril e descobriram um esqueleto.
“Estávamos ancorando nosso barco para ir para casa e ouvimos uma mulher gritar”, disse Shawna Hollister, testemunha da descoberta, à KLAS-TV em Las Vegas. “Meu marido se aproximou e encontrou o corpo. Sua camisa e cinto eram a única coisa que podíamos ver sobre seus ossos em decomposição.”
Segundo o jornal New York Post, o cadáver foi colocado em um ponto do lago que ficava dezenas de metros abaixo da água em meados dos anos 1970 e 1980. Os investigadores acreditam que a vítima foi abandonada no local nesse período.
Os investigadores também planejam desarquivar casos de pessoas desaparecidas na década de 1980 para procurar pistas, declarou o tenente Spencer. De acordo com o oficial, a investigação pode levar anos porque a polícia está começando “na estaca zero”.
“Na década de 1980, não tínhamos nenhum banco de dados de DNA, então não havia meios para coletar esse tipo de informação”, explicou o tenente Spencer.
Se os investigadores conseguirem recuperar amostras de DNA dos restos mortais, os especialistas em genealogia ficarão mais próximos de determinar a identidade da vítima.