Técnica para castração de cães e gatos sem cirurgia é desenvolvida por pesquisadores goianos
Em estudo entre a UFG e UnB, procedimento poderá ajudar na redução dos animais abandonados
Estudos conjuntos entre pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) e a da Universidade de Brasília (UnB) chegaram uma técnica para castrar cães e gatos sem a necessidade de intervenção cirúrgica.
O método chamado de magnetohipertermia, utiliza nanopartículas magnéticas de oxido de ferro. Tais partículas são inseridas no testículo do animal que deve estar sedado.
Depois disso, são aplicadas duas técnicas de esterilização, uma por meio de um campo magnético e outra realizada por uma luz de LED.
O professor Andris Bakuzis, do Instituto de Física da UFG (IF), firmou a parceria com a professora Carolina Madeira Lucci da UnB para desenvolverem a metodologia.
Incialmente a aplicação foi realizada em ratos de laboratório e demonstrou resultado positivo. O processo dura cerca de 20 minutos e chega a uma temperatura de 45ºC. Porém, apesar disso, não causa queimaduras nos animais.
Na primeira semana de maio, foram iniciados os testes em gatos e futuramente, cães de todas as raças também passaram pelo experimento. A possibilidade da técnica ser aplicada em larga escala contribuirá para a diminuição de animais abandonados
Apesar do resultado positivo para os bichinhos, esse tipo de método não poderia substituir a vasectomia nos humanos. A pesquisa demonstrou que há perda de libido nos animais de estimação, e tal resultado, não seria de interesse da maioria das pessoas que se submetessem ao método contraceptivo.