Médico acusado de algemar funcionário negro tem bens bloqueados pela Justiça
Decisão atende pedido do Ministério Público de Goiás para custear possíveis indenizações do processo
Acusado de praticar o crime de discriminação e preconceito de raça e cor, o médico Márcio Antônio Souza Junior, teve R$ 2,1 milhões bloqueados pela Justiça.
A decisão proferida na segunda-feira (23), atende um pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO), que solicitou o bloqueio para custear possíveis indenizações que possam ser pagas pelo homem, além das custas processuais.
Foram bloqueados sete imóveis do médico, sendo três urbanos e quatro rurais, que estavam em nome de Márcio Antônio.
Agora os bens serão avaliados e o bloqueio será mantido apenas até o valor limite das possíveis verbas indenizatórias e custas processuais.
Relembre o caso:
O caso foi registrado na Cidade de Goiás, em fevereiro deste ano. Pelas imagens é possível ver o funcionário negro algemado e o profissional de saúde dizendo que o rapaz ficaria “em sua senzala”.
A época, a Secretaria das Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos do município classificou o episódio como sendo “lamentável”.