Estudante de Anápolis viraliza ao contar hábito peculiar que a faz lembrar do pai
Vídeo tem mais de 1 milhão de visualizações no TikTok e fez muitos seguidores se identificarem
A história por trás de um hábito curioso fez a anapolina Nathalia Moura, de 24 anos, viralizar num vídeo com mais de 1 milhão de visualizações no TikTok.
Na plataforma desde 2020, a estudante de medicina, que também é digital influencer, estava acostumada a produzir conteúdos mais voltados para o humor, mostrando a rotina, que ela e os seguidores chamam de “tóxica”.
As publicações têm bom alcance habitualmente, mas ela jamais esperava atingir a contagem milionária contando a história do porquê bebe água de palmito.
“Não esperava que tivesse essa repercussão toda! Sempre compartilhei no meu Instagram e meu Tiktok meu lado mais bem humorado, meu conteúdo sempre foi de humor, sabe?”, comentou.
No vídeo em questão, a moça conta que bebe a água que resta em potes de palmito por tratar-se de um hábito que ela mantinha com o pai.
De início, ela pensou em gravar para responder à curiosidade dos seguidores, que sempre a indagavam sobre os motivos. Quando a publicação se tornou viral, a emoção foi ainda maior por se tratar de uma história muito importante sentimentalmente para ela.
“Meu pai faleceu quando eu tinha 9 anos e meu irmão, Gustavo, 23. Eu era muito próxima dele e tínhamos as coisas que fazíamos juntos. Todos os dias, minha mãe me deixava na casa da minha avó com meu pai para ir trabalhar, eu estudava a tarde e ficava lá de manhã”, relembrou.
“Minha avó sempre fazia as compras cedinho e me levava junto, nisso eu sempre pedia pra comprar palmito para o almoço e quase sempre ela comprava. Meu pai e eu comíamos o palmito no almoço e depois a gente guardava para beber a água junto, escondido da minha mãe, que não gostava muito da ideia”, completou.
Nathalia Moura relatou que era muito próxima do pai e eles compartilhavam diversos gostos diferentes que os tornavam ainda mais próximos. Assim, quando ele faleceu, as comidas e coisas que faziam juntos passaram a ser uma forma de manter a memória dele viva.
“Trago a memória das coisas que passo no meu dia a dia, uma delas é comer o palmito. Não é sobre a comida em si, mas a memória dele em uma coisa que parece tão simples mas, para mim, é muito”, afirmou.
Emocionada, a jovem acredita que a repercussão nasceu justamente pelo sentimento de identificação de pessoas que têm história semelhante.
“Nós todos temos dores parecidas, e compartilhar memórias como essa, de alguém que já se foi, aproxima pessoas e histórias, memórias. Fiquei muito feliz com a recepção das pessoas e também com os relatos, de tantas pessoas que guardam na memória a melhor parte de quem se foi”, pontuou.
Água de Palmito
Como estudante de medicina, Nathalia afirma que o hábito de consumir água de palmito pode representar um risco à saúde. Por isso, não é algo que costuma fazer com frequência, mas não abandona o ato para se reconectar com o pai.
“A ingestão de água de conserva é bastante associada a casos de intoxicação alimentar, isso é de maior risco de segurança alimentar mais presentemente em conservas caseiras e por conta do mau armazenamento ou baixo controle de risco nas conservas caseiras, não é algo indicado”, destacou.
“É um comportamento de risco sim, não faço com frequência, é apenas algo que faço por simplesmente sentir uma conexão com meu pai e me trazer felicidade”, completou.