Anapolino troca carro pela bicicleta e economiza R$ 350 por mês
Cássio Dourado começou a migração de quatro para duas rodas para melhorar rendimento em treino, mas também garantiu melhora para o bolso
As dificuldades encontradas no trânsito, o volume de carros cada vez maior e o estresse fez com que muitas pessoas trocassem o conforto de um veículo pela praticidade e economicidade da bicicleta.
É o caso do anapolino Cássio Dourado, de 38 anos. Recentemente, ele optou por um modo de vida mais saudável e sustentável.
Morador Residencial Itatiaia, região Sul de Anápolis, ele percorre cerca de 8 km até chegar à empresa em que trabalha, como operador de caminhões, no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA).
“Eu treino jiu-jitsu. Meu professor me disse que, para dar conta melhor do meu treino, eu tinha que correr, fazer uma caminhada ou até mesmo andar de bicicleta”, disse ao Portal 6.
O incentivo que partiu das aulas de luta, juntamente com a alta no preços dos combustíveis, fez com que Cássio trocasse de vez um meio de transporte por outro.
“Eu uni ao útil ao agradável e comecei a pedalar. As primeiras semanas foram muito difíceis, muito terrível mesmo, porque eu não tinha preparo nenhum. Agora eu estou me sentindo muito bem, já vai fazer um mês que eu abandonei o carro”, comemorou.
Mesmo com pouco tempo desde a decisão, o operador já notou uma diferença considerável nas despesas e também em relação à saúde.
“Jogando por baixo, o que eu economizei em combustível esse mês já chega a R$ 350. Pretendo continuar na bike, me sinto mais disposto o dia todo”, afirmou.
Dificuldades
Apesar da economia e dos benefícios para a saúde, todo ciclista enfrenta os perigos do trânsito e a falta de estrutura para se locomover de forma segura.
Até mesmo nas poucas ciclovias existentes em Anápolis, Cássio Dourado vem encontrando dificuldades.
“Aquela ciclovia [do DAIA] virou uma terceira faixa opcional para os veículos. Tem muito carro, muita moto andando ali e pouca bicicleta”, revelou.
“A gente anda devagar e os carros e motos ficam atrás da gente. Ficam bravos, buzinando, como se a preferência da fosse deles”, concluiu.
De acordo com Companhia Municipal de Trânsito, Transportes e Serviços Urbanos (CMTT), Anápolis tem mais de 15 km de malha cicloviária. Um dos pontos trazidos no Plano de Mobilidade da cidade é a preservação desses espaços.