A crise econômica provocada pela Covid-19 parece não ter afetado o mercado imobiliário de Anápolis, principalmente o de alto padrão.

Pelo contrário, após o momento mais restrito da pandemia, foi a parte do setor que sentiu a maior valoração e a melhor retomada.

De acordo com Marceles Filho, Gerente de Incorporação e Novos Negócios Regional DF da EBM Desenvolvimento Imobiliário, a expectativa para o segundo semestre é animadora.

“As perspectivas são muito boas. O mercado está muito aquecido como um todo. As incorporadoras que estão conseguindo desenvolver projetos e viabilizá-los. Estão trazendo projetos bacanas e a demanda é muito boa”, comemorou.

Segundo ele, o bairro Jundiaí segue sendo o mais procurado e também onde se concentram os maiores empreendimentos.

“Há players fortes que trouxeram produtos, principalmente no Jundiaí. Tem uma velocidade de venda muito bacana. Isso dá energia e segurança para todos nós. As incorporadoras estão sempre atentas”.

“O perfil é mais alto padrão. Por isso esse bairro é o centro das atenções. O anapolino é muito bairrista e tem o estigma do Jundiaí ser o mais nobre da cidade”, continua.

Os interessados em um apartamento na região terão de desembolsar entre R$ 400 mil e R$ 800 mil. Os mais luxuosos, no entanto, podem ultrapassar a marca de R$ 1 milhão e chegar a R$ 1,5 milhão.

Isso tudo acontece em meio à alta da inflação e dos juros, o que faz com que os bancos se movam para não perder os bons negócios.

“Apesar de estarem altos, há bancos, como a Caixa, que têm reduzido juros imobiliários. Há, em vários bancos, taxa de 7% a 8% ao ano de juros, apesar da taxa básica mais alta”, explicou Marceles.

Apartamentos maiores e luxuosos são opções para os anapolinos. (Foto: Opus)

Segundo ele, o calendário de lançamentos de grandes empreendimentos estará frenético até o fim do ano. Há a previsão para um um novo condomínio de sobrados será lançado na região Leste de Anápolis.

“Também terá [lançamento] um no Jundiaí e há rumores de mais um. Serão de três a quatro lançamentos até o fim do ano”, afirmou

Junto a isso, o setor segue movimentando também os serviços, gerando de 50 a 60 empregos diretos nas obras de cada edifício.