Defesa de Isabella Freire demorou 137 dias para entregar laudos à Justiça
Advogados ainda pediram mais prazo, mas Justiça negou entendido que houve tentativa de protelar julgamento
A defesa de Isabella Freire demorou 137 dias para entregar à Justiça laudos psiquiátricos que os próprios advogados solicitaram.
O prazo inicial fixado pelo juiz foi de 30 dias, a partir de 03 de março deste ano. No entanto, os dois laudos só foram entregues no dia 28 de julho.
O juiz substituto do Tribunal de Justiça de Goiás, Adegmar José Ferreira, precisou intimar os advogados e determinar prazo de dez dias para que os documentos fossem juntados ao processo.
A defesa de Isabella Freire ainda impetrou um pedido para, em mais sete dias, apresentar uma nova documentação. Por entender o ato como mera protelação, o magistrado negou a petição.
A jovem foi acusada de ter ateado fogo no próprio filhinho, ainda recém-nascido. O processo foi remetido ao Ministério Público antes que uma nova data do júri popular seja marcada.
Logo que retornarem para posse do Tribunal de Justiça, os autos devem ser novamente adicionados, com urgência, nas pautas para julgamento.
Relembre o caso
No dia 10 de maio de 2021, Isabella Freire colocou o filho recém-nascido no interior de uma caixa e seguiu com ele em uma Ford EcoSport, rumo ao Residencial Cerejeiras, na região Leste de Anápolis.
Em um terreno baldio localizado no bairro, a mãe abandonou o bebê e jogou álcool no corpinho, ateando fogo logo em seguida.
Durante interrogatório policial, Isabella ainda afirmou que em uma situação anterior, teria deixado o próprio filho trancado no interior de um cômodo da residência por cerca de dois dias, sem ao menos amamentá-lo.
Segundo a própria, a justificativa para todas estas ações seria o fato de nunca querer ter dado a luz à criança, tendo anteriormente até mesmo tentado abortá-la.