Mesmo recebendo estímulos, indústria do etanol em Goiás sofre com distribuição desigual de recursos
Queixa é apresentada pelo presidente do Sifaeg, André Rocha, que explica porque medidas como a redução de alíquota não impacta na queda do preço do combustível
A compensação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as indústrias de etanol em Goiás não afetará o valor do produto nas bombas. É o que aponta o presidente do Sindicato de Indústrias de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás, (Sifaeg), André Rocha.
“Não é uma redução de imposto. As indústrias vão receber um crédito para minorar o problema que estão tendo com a competitividade, porque a gasolina teve mais redução que o etanol com as medidas do Congresso Nacional de diminuição das alíquotas”, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes.
A medida, publicada no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira (17), atende o estabelecido em Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permite ao Governo Federal a concessão de uma série de benefícios sociais, entre eles, a redução da alíquota do combustível. Neste caso, o objetivo é ajudar a manter a competitividade do etanol frente à gasolina.
Mesmo considerando o repasse positivo, o presidente do Sifaeg critica o método de distribuição dos valores.
“É uma pena que esse repasse ao invés de ser feito pela produção, visto que o prejuízo está na venda e não na compra, tem base no consumo. O crédito de Goiás, que produz mais de 25% do etanol brasileiro e é o segundo maior produtor, ficou aquém de outros entes federativos”, afirma.
São Paulo, Minas Gerais e todos os estados do Nordeste, segundo ele, receberam repasses proporcionalmente maiores que os do Centro-oeste – o que ele considera injusto.
“Nós somos produtores e exportadores do etanol. 70% do nosso etanol é vendido para outros estados”, aponta.