Profissionais de saúde de Goiás são capacitados para identificar sintomas da poliomielite
Doença que tinha sido erradicada tem alto risco de retorno por conta da baixa adesão de pais e responsáveis.
Profissionais da área da saúde em Goiás estão sendo capacitados para identificar diagnóstico de poliomielite – doença contagiosa aguda que havia sido erradicada pela vacinação há 20 anos no Brasil. A preocupação está longe de ser infundada. Dos 246 municípios goianos, somente 56, ou seja, 21,95% – alcançaram a meta de 95% da população imunizada. Além da paralisia, a doença também pode levar a morte
A preparação começou com os profissionais de acompanhamento epidemiológico e com os núcleos hospitalares das unidades estaduais de saúde e seguirá agora para os setores regionais e municipais.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, os agentes estão sendo orientados a notificar, de forma imediata, os casos de paralisia flácida aguda (PFA) – sintoma que pode evoluir para um eventual quadro de poliomielite.
“A gente precisa de um engajamento dos gestores municipais e da conscientização da população para o risco que corremos se não vacinarmos nossas crianças”, diz.
Em Goiás, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal no território está em 59,64%, o que representa um alto risco de retorno da pólio ao estado já que o preconizado pela OMS, que é de 95%.
Vale ressaltar que a poliomielite é causada por um vírus que se aloja no intestino e pode ser transmitido pelas fezes e via oral. Além de gerar a perda dos movimentos, de forma definitiva, a doença também pode levar à morte – sendo a vacinação a única forma de prevenção.
As vacinas estão disponíveis gratuitamente e podem ser encontradas em todos os postos dos municípios.