Suspeito de matar maquiadora por ciúmes em Anápolis vai a júri popular
Jovem foi atacada com facadas nas costas e deixou filha que acabou de completar 01 ano de idade
Nove meses após o assassinato brutal que chocou Anápolis, foi marcada data para o júri popular de Israel Rodrigues Inácio, principal suspeito do assassinato da maquiadora Tayná Pinheiro, que era namorada dele.
O crime ocorreu no dia 06 de março, no apartamento em que ele morava, no Residencial Porto Rico. Segundo a polícia, por ciúmes, o homem desferiu diversos golpes de faca nas costas da vítima, que acabou por não resistir à gravidade dos ferimentos e morreu no local.
O tribunal do júri que decidirá o futuro de Israel foi marcado para acontecer somente no dia 07 de março de 2023, ou seja, um ano após o caso.
Inconsolável, a família de Tayná Pinheiro espera justiça e que o réu seja condenado pelo crime.
“A pena pode ser de até 30 anos, queríamos que fosse perpétua, pena que a nossa Lei não permite. Mas queremos justiça, que seja condenado, e passe muito tempo na cadeia”, afirmou ao Portal 6 uma familiar em condição de anonimato.
Segundo ela, ao contrário da confissão de Israel, em que ele alegou ter matado a jovem durante uma discussão, a perícia indicou que, na verdade, a vítima sequer pôde se defender, pois estava descansando quando foi atacada.
“De acordo com os peritos, ele a assassinou em momento de descanso, enquanto ela estava deitada de bruços. O que ele disse na delegacia, que foi discussão, é mentira”, contou.
O réu solicitou na Vara da Família o direito de manter contato com a filha, agora com um ano de idade, que teve durante o relacionamento com Tayná. A família se revoltou.
“Após todo o feito dele, com a Tayná, ele ainda tem ousadia de querer ver a menor, teve audiência na Vara da Família, e ele quer o “direito” de ver a criança. Mas vamos combinar que ele perdeu o direito de pai, no momento do ato. A família está indignada com tudo isso”, disse.
Ela lembra que a lei diz que perde o poder familiar pai ou mãe que pratica homicídio e feminicídio. “Queremos os nossos direitos, dele nunca mais poder ver a filha, exceto se ela escolher isso quando crescer”, completou.