Envolvidos em chacina da família de cabeleireira do DF vão responder por mais de 100 crimes
Motivação do crime seria, entre outros patrimônios, uma chácara avaliada em R$ 2 milhões
Os cinco envolvidos na chacina da família de 10 pessoas da cabeleireira Elizamar da Silva, de 37 anos, conhecida como a maior da história do Distrito Federal (DF), vão responder por mais de 100 crimes.
Isso porque O Tribunal de Juri de Planaltina aceitou o pedido do Ministério Público (MP). Entre os principais crimes estão: extorsão, homicídio, ocultação de cadáver, fraude processual e sequestro. A motivação do crime seria, entre outros patrimônios, uma chácara avaliada em R$ 2 milhões.
Os réus são Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Carloman dos Santos Nogueira, Carlos Henrique Alves e Fabrício Silva Canhedo.
Entenda o caso
Segundo investigações da Polícia Civil, que montou uma força-tarefa para desvendar o caso, os crimes começaram a ser praticados no dia 28 de dezembro e terminaram somente no dia 15 de janeiro. Nesse ínterim, 10 pessoas foram assassinadas.
Na primeira noite, o sogro da cabeleira, Marcos Antônio, a esposa , Renata Belquior e a filha do casal, Gabriela foram rendidos por Carloman e um adolescente – que fugiu após a primeira participação.
Carloman ameaçou Marcos, enquanto as mulheres já estavam dentro da casa utilizada como cárcere. Ele reagiu e foi morto com um tiro na nuca e, depois, esquartejado e enterrado no quintal da residência. Mãe e filha seguiram encarceradas e vigiadas por Fabrício.
Durante a apuração, foi observado que os réus também queriam R$ 200 mil oriundos da venda de um imóvel de Cláudia Regina Marques – ex-mulher de Marcos.
Para isso, mandaram mensagens do celular do ex-marido, oferecendo a ajuda dos envolvidos Gideon, Horácio e Fabrício na mudança dela e da filha, Ana Beatriz Marques, para a casa onde pretendiam morar dali pra frente.
Na ação de mudança, Carloman entrou em ação e rendeu Cláudia, simulando um assalto. Os demais comparsas, se fizeram de vítima. Rendidas, foram levadas para o mesmo cativeiro de Renata e Gabriela.
Mais para frente, Thiago, marido de Elizamar e filho de Marcos Antônio, começou a questionar para a quadrilha (eles se conheciam e moravam próximos) sobre o desaparecimento do pai. Assim, eles anteciparam o sequestro de Thiago, mulher e filhos.
Novamente simularam um assalto. Thiago foi amordaçado e amarrado para ser levado ao cativeiro. Já Elizamar e as crianças, Gabriel, de sete anos, Rafael e Rafaella, gêmeos de seis anos, foram colocadas dentro do carro da cabeleireira e levados para Cristalina (GO), onde eles foram mortos e o veículo foi queimado.
Já o corpo de Thiago, Cláudia e Ana foram encontrados em uma cisterna, em uma área rural de Planaltina.