Os primeiros meses do ano costumam ser um período que muita gente usa para se qualificar, se reciclar e até mesmo encarar novos desafios. Além da busca por satisfação pessoal, o incremento na remuneração é um dos principais motivadores para a mudança de carreira. E, em 2023, os especialistas garantem não faltar opções se o objetivo é ganhar bem.

Ao Portal 6, a diretora executiva da Laselva RH, Giselle Laselva, que presta consultoria em Recursos Humanos, aponta que duas profissões relacionadas à área de tecnologia têm se destacado quando o assunto é salários mais altos. A especialista explica que, devido à escassez e defasagem de profissionais, o segmento tem oferecido cifras mais atrativas para os interessados.

“Desenvolvedores, especialmente os qualificados em engenharia de produção, estão em falta e contam com vagas que vão de R$ 8 mil a R$ 18 mil. Nesta mesma linha, temos os profissionais ligados à segurança cibernética, crucial para o meio digital, que podem receber entre R$ 15 mil e R$ 20 mil”, revela.

O setor está sendo impulsionado pelo crescimento do e-commerce em todo o país, o que motivou os empresários goianos a selecionarem trabalhadores mais atualizados. É justamente por esse fator que outra profissão está em evidência: o analista de compliance. “É ele que implanta as normas e procedimentos que respaldem a estrutura de gestão de riscos. Um bom profissional pode tirar R$ 11 mil, R$ 12 mil”, garante.

No estado, o mercado das redes sociais também segue em alta. Porém, como alerta Giselle Laselva, é preciso escolher o cargo certo se o profissional quer mesmo ganhar mais. “Vendedores e pessoas que trabalham com atendimento não vão ser tão bem remunerados como outras funções. Porém, vagas para diretor de marketing digital, por exemplo, podem superar R$ 15 mil”, expõe.

Por fim, é a Recursos Humanos que tem surpreendido na remuneração local. “Claro que não são todas as posições e vale ressaltar que é uma carreira gradual. Temos gerentes de RH ganhando R$ 20 mil, mas é preciso habilidades de liderança e uma responsabilidade que nem todos têm nem estão dispostos a assumir”, observa.