Uma das maiores protagonistas da política goiana, Dona Iris de Araújo não resistiu às complicações de uma cirurgia no pulmão e morreu nesta terça-feira (21), aos 79 anos, mas não sem deixar um legado que repercute e inspira gerações.

Mais que viúva de Iris Rezende e cinco vezes primeira-dama, ora do estado ora de Goiânia, a ex-deputada federal ocupou diferentes cargos e transitou por várias áreas da administração.

Por todos os lugares onde passou, demonstrava versatilidade e determinação perante a vida pública.

Embora seja natural de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, foi em Goiás que Iris de Araújo desenhou toda a trajetória.

Formada em artes plásticas pela Universidade Federal de Goiás (UFG), a atuação política e social no estado fez com que ela recebesse o título honorífico de cidadã goiana em julho de 1989.

Filiada ao PMDB desde 1980, disputou a primeira eleição em 1994 como vice-presidente da república na chapa de Orestes Quércia.

Cinco anos depois, Dona Iris foi suplente do senador Maguito Vilela e acabou assumiu temporariamente o mandato por duas vezes, em 2003 e 2006.

Elegeu-se deputada federal em 2006, sendo a mais bem votada no estado. A reeleição veio em 2010, também com a votação mais expressiva entre os candidatos goianos.

Como o então marido, Dona Iris tinha forte militância no PMDB, chegando a presidir o diretório regional do partido em Goiás, entre 1995 e 1998.

A ex-deputada ocupou até mesmo a direção nacional, entre março de 2009 e janeiro de 2010, de forma interina.

Por fim, é na unidade de saúde que inclusive leva nome dela, onde ela deixa uma das principais marcas pessoais.

A ex-primeira-dama chegou até mesmo a rifar o próprio carro para dar início aos trabalhos de reinauguração da Maternidade Dona Iris, que realiza atendimentos desde 1976.