Quem são as mulheres por trás da luta contra a violência doméstica em Anápolis
Provando cada vez mais a força feminina e combatendo o preconceito, elas ajudam a manter a cidade mais segura para as anapolinas
Além do ‘peso’ da farda ou do distintivo da Polícia Civil, profissionais da área da segurança pública de Anápolis escolheram ou foram levadas pelas circunstâncias da vida a trilhar um caminho de altíssima responsabilidade.
A luta diária de cada uma é de coibir a violência doméstica num município de quase 400 mil habitantes. Além do trabalho firme e da atuação consistente, são obrigadas também a lidar com o sofrimento, a covardia sofrida na pele e desamparo das vítimas, em sua maioria, do mesmo sexo.
De quebra, ainda são obrigadas a combater o preconceito, ora oriundo da sociedade, ora dentro da área de atuação.
A Major Daiene Holanda Ferreira esteve por sete anos à frente da Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar (PM), executando um papel exemplar.
A militar destaca a importância da luta contra a violência doméstica persistir, buscando principalmente oferecer a paz e o aconchego necessário dentro de todos os lares.
“Precisamos avançar ainda no combate à violência contra a mulher em âmbito doméstico, buscando efetivo cumprimento da lei que deu voz a muitas mulheres e que nos faz, cada vez mais unidas. Nesse sentido podemos e iremos alcançar ainda mais direitos”, afirmou.
Também tendo ocupado cargo de destaque na Patrulha Maria da Penha durante sete anos, a sargento Daiane Holanda P. Martins ressalta que a luta árdua é para que as mulheres possam viver intensamente, livres de sofrimento.
“Nossa luta é para que todas as mulheres vivam intensamente suas vidas, sem sofrimento, sem serem vítimas e acharem que isso é normal. Não podemos deixar ser normalizado quando uma mulher é mal tratada ou sofre qualquer tipo de violência”, pontuou.
A sargento ainda cita o quão importante a Lei Maria da Penha é no contexto nacional, além de reafirmar a força feminina.
“Destaco a importância da lei Maria da Penha, que deu voz a muitas mulheres e que nos faz, cada vez mais unidas no combate a violência doméstica, nesse sentido buscamos e iremos alcançar ainda mais direitos”, declarou.
Atualmente, a Patrulha Maria da Penha está sob o comando da tenente Sara Alves de Souza Gonzaga, experiente militar, que já desenvolve trabalhos na PM há 24 anos.
“Ao ser convidada pelo Comandante Regional, Coronel Alyson Ferreira Carneiro e o Subcomandante Regional, Tenente-coronel Murilo Mercez ,para exercer a função, tomei como uma oportunidade singular de estar atuando no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher”, relembra.
Segundo a militar, ao todo cinco mulheres desempenham na cidade o trabalho de manter a segurança das anapolinas, as protegendo da violência doméstica.
“Temos um desafio importante para superarmos, mas como o apoio de todos vamos conseguir erradicar a violência contra a mulher. A Patrulha Maria da Penha de Anápolis está empenhada, diariamente, nesse enfrentamento, protegendo, apoiando e instruindo às mulheres da nossa comunidade”, enfatizou.
Em Anápolis, outra mulher à frente ao combate à violência doméstica é a delegada Isabella Joy, titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM).
Diariamente, ela se empenha na investigação e elucidação de casos após denúncias. Com isso, a ideia é mitigar o sentimento de impunidade e lutar para um município menos violento e mais justo.