Dois deputados federais de Goiás desistem de apoiar CPMI sobre atos golpistas
Comissão tem como objetivo apurar os culpados e omissos que participaram das mobilizações terroristas no Palácio do Planalto
Os deputados federais goianos Célio Silveira (MDB) e José Nelto (PP) retiraram, nesta semana, a assinatura para a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) – que visa apurar os culpados e omissos dos atos golpistas que aconteceram no Palácio do Planalto, em Brasília, no dia 08 de janeiro.
A justificativa de José Nelto é que a CPMI irá atrasar a votação de projetos importantes, como a Reforma Tributária, e, por isso, decidiu retirar o nome. Informação foi repassada á coluna Xadrez. Já Célio ainda não se manifestou sobre a mudança.
A proposta é de autoria do deputado André Fernandes (PL) e possui, até o momento, as assinaturas de 191 deputados e 35 senadores. Para ser aprovada, é necessário que a comissão tenha, no mínimo, o apoio de 171 deputados e 27 senadores.
Desde a apresentação do projeto, no dia 28 de fevereiro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem tentando impedir a abertura da comissão, por meio de negociações de cargos e emendas. Um dos alvos do governo são os parlamentares do partido União Brasil (UB).
Em contrapartida, a oposição também tem se mobilizado para conquistar novas assinaturas e recuperar os apoios perdidos. Caso instalada, a comissão será controlada pelos oposicionistas.
Os parlamentares goianos que ainda mantêm as assinaturas na CPMI são: Gustavo Gayer (PL), Daniel Agrobom (PL), Professor Alcides (PL), Magda Mofatto (PL), Silvye Alves (UB), Zacharias Calil (UB), Glaustin da Fokus (PSC), Marussa Boldrin (MDB) e o senador Wilder Morais (PL).