A vacinação contra meningite em Goiás até março de 2023 atingiu somente 65% do público-alvo – bebês de até 01 ano de idade – número preocupante em comparação com a meta protagonizada pelo Ministério da Saúde,  que é de 95%.

Além disso, dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam que a cobertura vacinal da meningocócica C, que protege contra a meningite bacteriana, diminuiu, sendo que o número era de 77% no mesmo período do ano passado.

A doença é caracterizada pela inflamação e acometimento das meninges, ou as membranas ao redor do cérebro e da medula espinhal. Ela pode ser causada por bactérias, fungos, vírus ou parasitas. No entanto, as etiologias bacterianas e virais são as mais preocupantes por conta do alto número de ocorrências, aliado ao potencial de produzir surtos.

Em Goiás, nos três primeiros meses deste ano, foram 30 casos confirmados e seis óbitos, segundo a SES. Embora o ano de 2022 tenha produzido mais casos, com um total de 48 confirmados e sete óbitos, a previsão para o restante do ano pode não ser otimista devido à baixa cobertura vacinal.

A proteção insuficiente é alarmante diante do caráter endêmico, grave e contagioso da doença, considerando que a transmissão da etiologia bacteriana ocorre por via respiratória. Já no caso da meningite viral, além da transmissão por secreções das vias aéreas e gotículas, o contágio fecal-oral também é observado.

Sintomas

Como possuem chances ainda maiores de complicações, o grupo de risco são crianças, adolescentes e jovens adultos, com os sintomas mais comuns sendo a febre, dor de cabeça, rigidez na nuca e mal-estar. Diante disso, o Ministério da Saúde aponta que a vacinação é a forma mais eficaz para a proteção contra a doença.

Portanto, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina meningocócica C e a vacina pneumocócica 10-valente (conjugada), efetiva contra as infecções invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.