É desesperadora a lida das mães que lutam por atendimento psiquiátrico para filhos em Anápolis
Demanda é muito alta e município tem até fila de espera para ofertar o atendimento
Em meio ao delicado cenário vivido no Brasil, com um caso em Goiás, de ataques à escolas, pais e responsáveis denunciam dificuldades para conseguir atendimento para os filhos no Espaço Florescer, unidade municipal de Anápolis que se propõe a garantir de forma gratuita suporte psicológico, psiquiátrico e outros serviços afins para a população.
Ao Portal 6, Thayse Boaventura, mãe de uma criança de 07 anos, revelou estar vivendo momentos de desespero desde que foi informada, há quase três meses, de que o filho poderá ser atendido apenas daqui um ano. Toda a situação estaria ocorrendo por conta da falta de profissionais no local.
“Estou desesperada com meu filho precisando de ajuda, de consulta psiquiatra, mas tudo que elas me disseram foi só daqui um ano e se sair vaga para ele. Está desesperador o caso de apenas uma psiquiatra atendendo a cidade toda por eles”, contou.
Por não conseguirem atendimentos por vias públicas, familiares enfrentam dificuldades devido aos elevados valores das consultas em clínicas particulares.
“Conseguimos levar ele em uma consulta particular no ano passado, uma consulta que custa 500 reais, não pude continuar devido ao preço que para nós é extremamente caro”, acrescentou Thayse.
Por outro lado, Letícia Silva, outra mãe que também está passando pelo mesmo problema, conta que a resposta que recebe é que além da baixa quantidade de funcionários, existe ainda um elevado índice de retornos que impedem que novas vagas sejam abertas.
“Disseram que só tem uma médica e que tem meses que nem chamam ninguém porque tem muito retorno. A funcionária de lá disse que atende várias mães em pranto dizendo que o filho fala que quer morrer e não sabem o que fazer mas elas tem que esperar”, relatou.
Ao Portal 6, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) informou que “o Ambulatório de Saúde Mental Espaço Florescer atua no acompanhamento de crianças, adolescentes e adultos com transtornos mentais moderados e que os atendimentos são realizados conforme a posição do paciente na fila de espera. É importante destacar que o paciente deve atender ao perfil da unidade e que estamos ampliando nossos atendimentos com a contratação de novos profissionais para toda a rede de saúde mental”.