Prefeitura de Goiânia não acata pedido da Defensoria e mochilas continuam proibidas nas escolas
Em coletiva de imprensa, Wellington Bessa disse que não é atribuição do órgão observar decisão pedagógica do estado
A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) encaminhou, para a Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia ofício pedindo a revogação da medida que proíbe o uso de mochilas pelos estudantes da rede municipal do 5º até o 9º ano.
O secretário da pasta, Wellington Bessa, disse que não vai acatar pedido e que a defensoria não tem condição de garantir a segurança nas escolas.
O documento foi endereçado na quarta-feira (19) e assinado pela defensora pública Bruna Xavier. No texto, o órgão afirma que a medida não é compatível com qualquer orientação de segurança emitida por outras instituições públicas.
Segundo a DPE-GO, a ordem não foi embasada em parecer técnico ou estudo e, por isso, não há nada que comprove a efetividade e necessidade da decisão.
“Não se pode utilizar-se do momento excepcional para a adoção de medidas irrazoáveis, como a proibição do uso de mochilas por estudantes dentro do ambiente escolar, sem qualquer embasamento técnico que demonstre a necessidade, eficiência e razoabilidade da medida”, diz um trecho.
Mas na manhã desta quinta-feira (20), durante coletiva de imprensa na escola municipal Francisco Matias, Wellignton Bessa rebateu o posicionamento emitido pela DPE-GO.
Ao ser questionado sobre o documento, ele afirmou que a ordem emitida pela SME não traz prejuízos aos alunos e que a medida será mantida e alegou ainda que não é “atribuição da DPEGO observar a decisão pedagógica do estado”.
O secretário também reiterou que a ação é de caráter temporária e foi realizada a fim de evitar a revista de todas as mochilas dos estudantes.
“Será mantida essa decisão. Respeitamos a opinião da Defensoria Pública, mas ela não tem condição de garantir a segurança nas nossas escolas”, afirmou.