Os motoristas de aplicativo em todo o Brasil estão se mobilizando para realizar uma mega paralisação no dia 15 de maio, em protesto por melhores condições de trabalho.

Dentro das reivindicações, os profissionais exigem um aumento nos repasses ganhos pelas corridas, garantias de um seguro de vida e de saúde, além de maior proteção contra assaltos e violência urbana.

Os manifestantes também demandam uma regulamentação mais clara da atividade, garantindo mais direitos trabalhistas para a classe e evitando atitudes abusivas das empresas que gerenciam os aplicativos.

Em entrevista ao Portal 6, Miguel Veloso, representante dos profissionais por aplicativo de Goiânia, afirmou que o aumento do repasse ganho nas corridas é um ponto crucial dentro dos protestos.

“A categoria vai completar sete anos e até hoje não teve reajuste na tarifa paga para motoristas. Hoje em dia, o valor do km [rodado] não passa de R$ 1,30. É um absurdo”.

Miguel afirmou também que a paralisação tem como objetivo mostrar para as empresas e população a importância de se valorizar a classe, que se tornou parte do cotidiano em Goiás.

Essa integração se deu de tal forma que muitos desses motoristas, que antes dirigiam para complementar renda, tornaram a profissão como principal fonte de sustento.

“[A manifestação] não é para prejudicar o usuário ou deixá-lo na mão. Nós precisamos que os apps entendam que um depende do outro. Sem os parceiros, os aplicativos não funcionam”, concluiu Miguel.

O Portal 6 entrou em contato com as empresas 99 e Uber para entender o posicionamento delas a respeito das manifestações.

Em relação à primeira, a assessoria de comunicação não conseguiu dar uma resposta oficial até o fechamento da publicação.

Já a Uber não respondeu à tentativa de contato realizada por e-mail. O espaço segue aberto para manifestações de ambas as companhias.