Muitas mulheres e usuários do transporte público em geral têm medo de utilizá-lo à noite e na madrugada. Os riscos são maiores que durante o dia e se agravam ao descer em um ponto remoto e ter que caminhar o resto do caminho até o destino pretendido.

O assunto voltou à tona após o governador Romeu Zema (Novo) aprovar a lei em todo o estado de Minas Gerais (MG). Entretanto, essa medida, embora pouco conhecida, já faz parte da legislação de Goiás quando se trata, pelo menos, de Goiânia, Anápolis e Aparecida.

Na capital, desde 2015 uma lei que garante o direito de solicitar a parada dos ônibus de transporte coletivo fora do ponto, entre as 23h e 04h. A ideia é coibir os crimes e abusos cometidos contra usuários do transporte público, que aumentam no período noturno.

Em Anápolis, a lei determina também a fixação de cartazes que informem sobre a medida no interior dos veículos e o horário estabelecido foi das 22h às 06h, abrangendo mais horas do que em Goiânia.

Já em Aparecida, a iniciativa foi sancionada em 2017 pelo então prefeito Gustavo Mendanha (MDB), e vigora das 21h até as 05h. A fiscalização da aplicação fica a cargo da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC).

Em todos os casos, as paradas são espontâneas, quando solicitadas, e valem tanto para embarque quanto para desembarque. Além disso, a medida se estende para finais de semana e feriados. Uma das exigências é apenas que não se façam grandes desvios da rota predefinida para o veículo.