Censo Demográfico 2022 revela Goiás com apetite de crescimento
Dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Depois de 12 anos de apagão sobre as principais características da população, o resultado do Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi divulgado nesta quarta-feira (28). Com dados lançados nos tabletes feitos por pesquisas de porta em porta, é possível perceber pontos destoantes de Goiás em relação a outros estados e até em nível nacional.
A relevância do levantamento é o norte para políticas públicas e, também, em relação a verbas públicas – já que o número de habitantes é uma das variáveis para distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Entre as posições de destaque, Goiás teve o terceiro maior aumento do número de domicílios no país. Embora isso não reflita direta e proporcionalmente em volume de habitantes, ressalta um nicho já observado por diversos setores – o apetite da construção civil.
E o incremento de residências não foi pequeno. Em 12 anos – considerando a comparação de 2010 e 2022 – foi de 44,8%, perdendo apenas para Roraima (53,7%) e Amazonas (44,8%). Somente na capital, foram 172.223 casas ou apartamentos a mais – a 10º maior no país entre as capitais.
De quebra, o estado ganhou 1.051.440 novos moradores – atingindo a casa de 7.055.228. A tendência foi de maior agrupamento de pessoas na região metropolitana – onde algumas cidades tiveram aumento não só acima da média nacional, mas também entre as maiores do país.
Por outro lado, há até cidades que encolheram – sendo uma delas Anhanguera, a menor do estado. Por lá, em 2010, a população contava com 1.020 pessoas. Em 2022, são 924.
O retrato é básico para políticas públicas, mas o primeiro de uma série de informações que serão divulgadas pelo IBGE, como a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad) – onde os dados são mais robustos.