Aluno de medicina da UFG indiciado pela PC pode pegar até 5 anos de prisão
Estudante associou gays à pedofilia em sequência de publicações nas redes sociais
Após associar o movimento LGBTQIA+ à pedofilia, o estudante de medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) de Goiânia, João Lucas Xavier Garcia, foi indiciado por racismo social, enquadrado como homofobia.
Ele fez as comparações em uma sequência de publicações nas redes sociais, usando termos como “movimento gayzista”e apontando a pauta como uma “desorientação sexual”.
O desfecho das denúncias prestadas contra ele foi divulgado pelo G1 nesta quinta-feira (20). A informação foi passada pela delegada Carolina Neves, que confirmou que o inquérito policial foi enviado para análise do Ministério Público de Goiás (MPGO) e também do Poder Judiciário.
A profissional destacou ainda que, caso condenado, ele pode pegar de 2 a 5 anos de prisão. O Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri) foi o órgão que registrou o caso inicialmente, ainda em março deste ano.
“A partir do movimento gayzista e sua defesa pela liberdade de ser e viver como quiser, o que impediria um pedófilo de defender que sua forma de viver é uma opção a ser respeitada?”, publicou o jovem na ocasião.
“Afinal, já que tudo pode ser aceito, e todos têm que respeitar a sua forma de viver escolhida, por qual motivo o movimento LGBTQIA seria contra a pedofilia?”, foi outra afirmação responsável por o colocar sob análise das autoridades.
Na época do ocorrido, a UFG confirmou o recebimento de denúncias e afirmou que a equipe da Ouvidoria já estava analisando o caso para tomar as devidas providências.
Também foi expresso o repúdio a toda forma de mensagens e ações de teor homofóbico, transfóbico, racista, misógino, de assédio moral, sexual ou quaisquer outros constrangimentos à dignidade humana.