Lula diz que troca de ministro ‘não é coisa absurda’, mas nega pressa por reforma
"Nós vamos fazer ajustes no governo porque eu tenho interesse de construir uma maioria [...]", disse ele
RENATO MACHADO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (3) que vai realizar mudanças em seu governo, porque quer obter maioria para aprovar no Congresso Nacional as pautas que interessam a sua gestão.
Lula afirmou que as mudanças não podem ser vistas como uma “coisa absurda”. Por outro lado, acrescentou que não tem pressa para promover as mudanças porque “não pode mexer uma peça errada”
Lula concedeu entrevista para um conjunto de rádios da região amazônica. O mandatário foi questionado sobre a perspectiva de uma reforma ministerial, para acomodar os partidos de centro e ampliar assim a sua base de apoio no Congresso Nacional,
“Nós vamos fazer ajustes no governo porque eu tenho interesse de construir uma maioria para que até o final de 2026 a gente possa votar as coisas importantes, de interesse do povo brasileiro. Por isso troca de ministro não pode ser vista como uma coisa absurda, como uma coisa menor (sic). É uma coisa muito importante, nós temos partidos importantes que querem participar do governo, que querem fazer parte da base do governo, então nós vamos conversar com esses partidos”, afirmou o presidente.
“Eu não estou com pressa, as pessoas sabem que eu vou fazer, e sabe que o presidente da República tem que tomar muito cuidado e muita responsabilidade, porque quando você mexe no tabuleiro você não pode mexer numa peça errada ou colocar uma peça errada. É por isso que eu trato com muito carinho isso”, completou o mandatário
Lula ainda acrescentou que as mudanças não estão definidas, mas que haverá uma decisão sobre o tema na semana que vem.
“É verdade que eu vou fazer mudança no ministério, mas é verdade que isso ainda não está definido por mim, aonde que eu vou mexer, que ministério eu vou entregar, que estado que vai ser beneficiado. Eu vou agora para o estado do Pará e quando eu voltar, semana que vem, eu vou então definir o que eu vou fazer no governo.