História de anapolinas que já ajudaram mais de 70 mil pessoas vai virar filme
Recentemente, irmãs foram reconhecidas pela ONU como duas das 100 afrodescendentes mais influentes do mundo (MIPAD). Há apenas dez brasileiros na lista
Imagine acordar um dia e receber a notícia que a história da sua vida é digna de virar um filme? Parece até coisa de artista de Hollywood, mas aconteceu com duas irmãs de Anápolis.
Presidentes da ONG Compaixão Internacional, Betty e Brenda Agi, de 29 e 28 anos, respectivamente, conquistaram a atenção dos produtores Emiliano Perez Marzano e Fernanda Furtado, que já estão elaborando todo o roteiro.
A expectativa é que as gravações comecem em breve, no entanto, ainda não previsão de quando serão finalizadas.
A boa notícia foi divulgada pelas jovens na noite desta quinta-feira (29), no Radisson Hotel, no bairro Jundiaí, durante um coquetel em homenagem a elas.
É que recentemente, as duas também foram reconhecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) como duas das 100 afrodescendentes mais influentes do mundo (MIPAD) 2020. No Brasil, elas aparecem ao lado de apenas oito pessoas.
Premiação
O MIPAD é um programa que faz parte de uma resolução da ONU que estipulou, entre os anos de 2015 e 2024, a Década Internacional dos Afrodescendentes e que tem como objetivo destacar a contribuição positiva feita por pessoas de ascendência africana nos setores público e privado do mundo.
As irmãs foram indicadas na categoria Humanitarismo e Ativismo e são as únicas goianas da seleta lista.
“Já impactamos a vida de mais de 70 mil pessoas diretamente no público beneficiado, 300 mil indiretamente e já comunicamos e engajamos milhares de pessoas através de treinamentos e palestras a nível internacional, como o TEDx”, contou Betty.
“Com esse reconhecimento esperamos dar visibilidade aos projetos que temos nos dedicado, buscando apoio para continuarmos a exercer nossas atividades. Tudo é feito com muita garra e muita vontade e poucos recursos. Queremos ver o crescimento dos projetos e assim alcançar ainda mais pessoas”, acrescentou Brenda.
A Compaixão Internacional já atuou em 17 estados brasileiros, incluindo tribos indígenas e cracolândia, e mais de 15 países, como Haiti, Angola e Índia.
O objetivo da organização é levar dignidade para as comunidades mais carentes do mundo.