Verba da habitação será usada pela Prefeitura de Anápolis para construir sede do Conselho Tutelar
Segundo Agehab, convênio foi assinado neste mês com o município. Déficit habitacional na cidade, em 2016, era de 10 mil moradias
A Prefeitura de Anápolis assinou, no dia 14 de agosto, um convênio com a Agência Goiana de Habitação (Agehab) para a construção de uma nova sede do Conselho Tutelar na cidade.
O valor acordado foi de R$ 140 mil, destinado exclusivamente para a aquisição do material que será utilizado na execução da obra.
Porém, é outro número que chama a atenção: R$ 104 milhões.
Este é o montante referente à habitação que foi disponibilizado para a Agehab em 2020, de acordo com o Portal de Transparência do Estado.
A ideia é distribuir e investir a verba em projetos e políticas habitacionais em municípios de todo o estado.
Entretanto, já em agosto, o convênio para a construção do Conselho Tutelar foi a única confirmação de repasse da Agehab para Anápolis neste ano.
É de responsabilidade dos municípios desenvolver projetos e planos habitacionais e os repassar para o órgão, que então realiza a análise e, caso aprovado, libera os recursos.
No dia 20 de maio, a seção Rápidas do Portal 6 noticiou que a Prefeitura de Anápolis estava correndo contra o tempo para enviar os documentos necessários para os projetos referentes ao suprimento do déficit habitacional na cidade.
Esta foi uma das chances de fazer uso da verba de mais de R$100 milhões da Agehab, destinada à construção de moradias.
Em resposta ao Portal 6, a agência informou ter recebido em tempo hábil a solicitação da Prefeitura, porém, a limitação de tempo coloca em dúvida se todo o potencial da oportunidade foi aproveitado.
Especialmente quando alinhada com o fato de não terem confirmado nenhum outro convênio ou acordo.
A reportagem também procurou a Secretaria de Desenvolvimento Social para confirmar qual o déficit habitacional atualmente na cidade, mas a pasta não soube informar o dado.
Sendo assim, já na reta final da atual gestão, a última atualização sobre o índice segue sendo a realizada em 2016, no final do governo petista, quando Anápolis possuía cerca de 10 mil famílias nestas condições.