Professora brutalmente assassinada em Anápolis tinha o sonho de ser mãe
Suspeito, que se orgulha do crime pelo Facebook, ainda não foi localizado e continua ativo na rede social
Aila Pinto Cardoso, de 34 anos, tinha o sonho de ser mãe. Professora por formação e vocação, ela lecionou por muito anos em Sobral, no interior do Ceará. E era muito querida por todas as crianças, conforme recorda sua mãe Maria Cardoso Pinto, de 72 anos.
“Ela era tudo, ajudava com tudo, era alegre, divertida e [também] adorava viajar”, disse a idosa em entrevista ao jornal Diário do Nordeste. Dona Maria, assim como toda a família Cardoso Pinto, ainda está em choque com o brutal assassinato de Aila.
Na última terça-feira (16), a professora foi esfaqueada na residência de Rafael da Silva Andrade, de 35 anos, na Vila Jaiara. Os dois se conheceram pela internet e ela acabou sendo convencida pelo homem a se mudar. Fazia exatos dez dias que Aila estava em Anápolis quando o crime ocorreu.
Principal suspeito do assassinato, Rafael é cozinheiro profissional e não aceitava o descontentamento da professora com a relação. Ela estava arrependida de ter se envolvido com ele e já havia comprado passagens para o Ceará. Suas malas prontas foram encontradas pela Polícia Militar (PM) juntamente com os bilhetes de volta.
Rafael, até o momento, ainda não foi localizado. Ele, que já ficou preso por sete anos após matar uma mulher no Distrito Federal (DF), segue atualizando o Facebook como se nada tivesse acontecido. Em uma publicação feita momentos após a morte de Aila, o cozinheiro chamou a vítima de “finada” e pediu que “Deus a tenha em bom lugar”.
“Você sabe quem matou?”, questionou ele nos comentários. “Eu mesmo, numa discussão”, respondeu para si mesmo. O delegado Wlisses Valentim, que investiga o caso, confirmou ao Portal 6 que o perfil na rede social de Mark Zuckerberg pertence a Rafael. O assassino confesso ainda não foi localizado pela Polícia Civil (PC).
Em Sobral, a família Cardoso Pinto aguarda para esta sexta-feira (19) a chegada do corpo de Aila e teme que Rafael, natural do município, volte para lá. “Estamos apavorados”, disse uma prima de Aila à reportagem do Portal 6. Ela revelou ainda que o cozinheiro continua mandando solicitação de amizade para as pessoas do círculo da professora que vivem no Ceará
“Esperamos justiça, tememos que a morte de Aila caia no esquecimento”, desabafou. “Que ele vá para cadeia e pague pelo o que ele fez”, emendou. Quem tiver qualquer pista que ajude a encontrar Rafael pode, anonimamente, repassar à PC através do Disque Denúncia 197.