Médico de Anápolis terá de pagar pensão à família de vítima morta em acidente
Ele, no entanto, já conseguiu sair da cadeia após causar outro grave acidente no bairro Jundiaí
Decisão do juiz Thiago Soares Castelliano, da 2ª Vara Cível e Fazenda de Jataí, publicada nesta terça-feira (02), determina que o médico anapolino Samuel Gomes Vieira Borges, de 38 anos, passe a pagar pensão mensal à família de Vailton do Nascimento, morto no dia 04 de novembro de 2018.
Naquele dia, a vítima, que tinha 40 anos e pilotava uma moto com a esposa na garupa, foi atingida frontalmente por uma caminhonete na BR-153. Na direção do veículo estava Samuel Borges, que teria fugido do local sem prestar qualquer tipo de socorro.
Juliana da Silva Gouveia, de 34 anos, a viúva, ficou vários dias na UTI e saiu do hospital com diversas sequelas pelo corpo.
Como ela e os dois filhos menores dependiam financeiramente da vítima, o juiz concordou que o médico pague mensalmente, por tempo indeterminado, uma pensão no valor de R$ 1.736,25 (um mil, setecentos e trinta e seis reais e vinte e cinco centavos), equivalente a 2/3 do salário do falecido.
O processo contra Samuel Borges, no entanto, seguirá tramitando na Justiça, já que Juliana pede também uma indenização R$ 1.701.480,50 (um milhão, setecentos e um mil, quatrocentos e oitenta reais e cinquenta centavos) devido às lesões que sofreu no acidente.
A primeira audiência do caso está marcada para o dia 07 de maio, no 1º Centro Judiciário de Solução de Conflitos, em Jataí. Veja a decisão na íntegra.
Em tempo
Samuel Borges foi solto na tarde desta segunda-feira (01º), em Anápolis, após passar por audiência de custódia. A defesa do médico pediu que ele respondesse o processo em liberdade para poder se tratar em uma clínica de reabilitação.
Dois dias antes ele havia sido preso por ter causado um grave acidente no bairro Jundiaí, que deixou uma professora da rede municipal com o fêmur quebrado.
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“Ele teve a capacidade de ainda desferir um soco no rosto do esposo da vítima”, contou o delegado Ariel de Oliveira Martins, que estava no plantão da Central de Flagrantes.
“Determinei para que fosse encerrado o auto de prisão em flagrante sem o interrogatório, uma vez que era impossível interrogá-lo. Ele estava ainda bem anormal… fora de si”, emendou.