Irmãos ciganos que mataram família inteira em Anápolis enfim são condenados
Antes de morrerem com tiros e facadas, vítimas foram obrigadas a comer partes do próprio corpo
O Tribunal do Juri, comandado pela juíza Lara Gonzaga de Siqueira, condenou nesta quinta-feira (18) dois dos três assassinos que participaram de uma chacina que vitimou uma família inteira no Setor Granville, bairro da região Leste de Anápolis.
João Barbosa da Silva (João do Porco) e Zilon Pereira da Silva foram condenados a 55 anos e 39 anos, respectivamente, pelos homicídios triplamente qualificado de Jocelina Cunha Feitosa, Osvaldo Ribeiro de Ameida, Nivaldo Cavalcante Souza, Senildo Sérgio Feitosa e Cassildo Sérgio Feitosa.
Essas cinco vítimas foram assassinadas no dia 20 de setembro de 2013 após serem levadas a força da residência em que moravam para outra casa. Lá, foram torturados e obrigados a comer partes de seus corpos antes de morrerem a facadas e tiros.
Valdeli Alves da Silva, de 52 anos, pai de João e Zilon, e chefe do clã-cigano, permanece foragido da Justiça.
O trio tem extensa ficha criminal com latrocínio, tortura, roubo qualificado e estupro de mulheres e criança.
Família do mal
Em julho deste ano, outro integrante da família, menor de idade, cometeu um homicídio que abalou a cidade. Por se recusar a esconder um carro roubado, Luciene Avenila Lima, de 46 anos, foi morta a golpes de faca, no Conjunto Morada Nova, região Leste de Anápolis.
A perícia constatou que a Luciene também teve a cabeça e cérebro esmagados com o cabo da faca. Uma das orelhas dela foi arrancada, assim como as vítimas da chacina do Setor Granville em 2013.