Sargento da PM descobre que heroína da infância é sua colega de farda
Ele sofreu um acidente doméstico quando tinha anos e reencontrou por acaso a policial que o socorreu
Mais uma história emocionante está ganhando as redes sociais. Desta vez, os personagens são Lúcio Fernandes Lima Kruger, de 22 anos, e Vanusa Pereira, de 47.
Lúcio Fernandes tinha quatro anos e morava em Presidente Venceslau (SP), no ano de 1999. Durante uma tarde de sexta-feira, ele brincava com os objetos da marcenaria de seu avô quando, de repente, esbarrou em uma prateleira. Em seguida, o móvel caiu sobre ele, deixando-o gravemente ferido.
Logo após o acidente, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados. Vanusa chegou ao local minutos depois e encontrou o menino no colo da mãe, assustado e com o rosto ferido.
“Os policiais tiveram um tempo de resposta muito rápido e me levaram para o hospital. Os médicos disseram que, se não fosse por esse apoio imediato, eu teria morrido de hemorragia. Essa situação acabou definindo o que eu sou hoje. Se não fosse pela Vanusa, eu não estaria vivo e nem teria me tornado policial”, lembra o policial em entrevista ao G1.
Lúcio Fernandes foi encaminhado para o hospital e fez uma cirurgia, de 23 pontos, no rosto. Na época, ele chegou a perder sete dentes e ficou internado por um mês e meio e, durante a recuperação, fez fisioterapia.
Reencontro
O soldado foi enviado no dia 06 de fevereiro à cidade de Itanhaém (SP) para reforçar o policiamento no Litoral Paulista durante a ‘Operação Verão’.
Em uma roda de conversa com outros policiais, disse de onde era e de qual batalhão fazia parte, assim como os outros. Horas depois, na ida ao mercado, uma aluno-sargento da cidade questionou Lúcio Fernandes se ele era o menino que foi lesionado por uma prateleira anos atrás.
“Eu perguntei se um armário já tinha caído em cima dele quando era criança. Ele tomou um susto e ficou se perguntando como eu sabia disso. Aí eu contei que eu havia socorrido ele. Foi de arrepiar. Hoje eu tenho um carinho enorme por ele, me sinto uma mãezona, e acredito que a vida ainda reserva coisas muito especiais para nós”, conta Vanusa.
Lúcio Fernandes também lembra que pensou em procurar pela sargento quando ingressou na PM, mas não sabia se ela já estava aposentada.
“Não esperava reencontrá-la. O que me marcou para sempre não foi a cicatriz, mas tudo o que a Vanusa fez por mim. Ela é minha heroína. Quem sabe daqui há 15 anos eu não esteja no lugar dela, reencontrando alguém que eu tive o prazer de salvar. Quero me tornar essa pessoa que eu tanto respeito e admiro”, finaliza.