Prefeitura de Anápolis já definiu local que acolherá mulheres vítimas de violência doméstica
Só nos últimos dois meses, Patrulha Maria da Penha precisou ser acionada 383 vezes na cidade
A Prefeitura de Anápolis assinou na manhã desta quarta-feira (23) um termo de colaboração com a Associação Missionária Esperança, que deverá acolher mulheres e filhos em situação de violência doméstica.
A medida, segundo a secretária de Desenvolvimento Social Tânia Aparecida da Silva, foi tomada para oferecer uma opção às vítimas que muitas vezes se negam a sair de casa por não terem para onde ir.
“Esse serviço é inédito em Goiás e tem em poucos lugares do Brasil. Antes o trabalho oferecido era só atendimento e acompanhamento, agora vai ser também abrigo, porque muitas mulheres deixam de fazer denuncia pelo fato de o agressor estar dentro de casa e ela tem medo de sofrer uma violência maior. Já aconteceu de ter casos que a mulher não queria denunciar exatamente porque não tinha pra onde ir e nem família na cidade. Com esse acolhimento, elas poderão ter um espaço para pensar em como seguir a vida”, explicou.
No local, essas mulheres e filhos receberão acompanhamento integral de especialistas como psicólogos, advogados e assistentes sociais.
Todas elas serão encaminhadas ao abrigo a partir de atendimentos realizados pela Patrulha Maria da Penha ou pelos centros de Assistência Social, Especializado de Assistência Social e de Referência da Mulher.
Inicialmente, serão disponibilizadas na Associação vagas para 20 famílias, que poderão ficar por até 180 dias.
“É um reforço que temos, a saída que precisávamos. Muitas vezes buscamos a vítima e não temos pra onde levá-las”, disse a tenente Daiene, responsável pela Patrulha Maria da Penha em Anápolis.
Conforme a tenente, apenas nos meses de Março e Abril deste ano, a equipe realizou 383 atendimentos às vítimas na cidade.
Em tempo
Além do espaço de acolhimento para as vítimas de violência doméstica, a Prefeitura já divulgou outros dois editais para a escolha de abrigos para receber os idosos e pessoas com deficiência de Anápolis.
Posteriormente também deverão ser publicados outros locais pra acolher dependentes químicos e famílias que vieram de outras cidades para tratamentos médicos.